Brasil perde as cantoras Lenny Andrade e Doris Monteiro nesta segunda-feira

A música brasileira ficou mais triste nesta segunda-feira (24/07), com a morte de duas grandes cantoras do país. Lenny Andrade, de 80 anos, referência de samba, jazz e bolero, morreu no Rio de janeiro. Também no Rio de Janeiro morreu, nesta madrugada, a cantora Doris Monteiro, que estava com 88 anos. De acordo com a família, ela faleceu de causas naturais em casa.
Lenny Andrade
A cantora Lenny Andrade estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na Zona Oeste, e morreu de pneumonia e broncopatia inflamatória. A informação foi confirmada pela assessoria do Retiro dos Artistas, onde Leny vivia.
O comunicado foi dado aos fãs através das redes sociais. “A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno”, diz a postagem.
Ela havia sido internada na última semana depois de ter uma piora em seu quadro clínico. A artista se recuperava de uma pneumonia desde junho, quando ficou intubada.
Desde a alta médica, ela estava de home care no Retiro dos Artistas. O estado de saúde da cantora piorou no fim de semana e ela acabou não resistindo.
A carioca vivia no local desde o fim de 2018. Em janeiro deste ano, ela havia completado 80 anos.
O velório acontecerá das 10h às 13h desta terça-feira (25) no Theatro Municipal do Rio, no Centro. Em seguida, o corpo será levado para a cremação no Memorial do Carmo, no Caju.
Doris Monteiro
Nascida Adelina Doris Monteiro, a carioca começou a cantar profissionalmente ainda na adolescência, no fim da década de 40. Nos anos 50, ela se consagrou como uma das maiores intérpretes do país.
Em 1951, ela gravou o primeiro álbum. No ano seguinte, ela foi eleita a “Rainha dos Cadetes”. Na fase inicial da discografia de Doris – que compreende 15 discos de 78 rotações editados entre 1951 e 1956 pelas gravadoras Todamérica e Continental – a voz macia da cantora começou a se impor em cena ainda dominada por interpretações sentimentais, à moda das interpretações das rainhas Angela Maria (1929 – 2018) e Dalva de Oliveira (1917 – 1972).
São dessa fase seminal de Doris os sucessos: Se você se importasse (Peter Pan, 1951) e Dó ré mi (Fernando César, 1955). Ao longo dos anos 1950, Doris se consagrou como uma das principais vozes femininas do país.
Doris também trabalhou no cinema. Ela participou de pelo menos dez filmes e atuou ao lado de nomes como Mazzaroppi, José Lewgoy e Tônia Carrero.
Ao longo dos anos 1960 e 1970, Doris Monteiro mostrou um trabalho mais maduro e deu voz a trabalhos de Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, Eumir Deodato, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos e Erasmo Carlos entre outros compositores.
Em janeiro de 2020, Doris se juntou a Claudette Soares e a Eliana Pittman para gravar em estúdio um disco com o registro do show ‘As divas do sambalanço’, apresentado pelo trio ao longo de 2019 com produção de Thiago Marques Luiz.



