
Governo do DF decide assumir quatro colégios que seguem o modelo cívico-militar
Para manter a gestão compartilhada em todas as escolas do Distrito Federal que seguem o modelo cívico-militar, o governo do DF assumirá os repasses de recursos feitos pela União. Já os militares do Exército que atuam nessas instituições de ensino também serão trocados pela PMDF.
As informações foram dadas nesta sexta-feira (14/07) pela governadora em exercício, Celina Leão (PP). O governo federal decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), mas a Secretaria de Educação do DF vai manter o projeto nas quatro escolas que seguem o modelo do MEC. São elas:
Centro de Ensino Fundamental 5 do Gama
Centro Educacional 416 de Santa Maria
Centro de Ensino Fundamental 507 de Samambaia
Centro de Ensino Fundamental 4 de Planaltina
“O governo do Distrito Federal está absorvendo as quatro escolas que eram ligadas ao governo federal. A gente sabe que todo governo tem o direito de deixar seu legado, a sua marca, mas como o programa aqui está dando certo e o nosso foco tem que ser no cidadão, se está dando certo, nós vamos manter”, disse Celina, ao site G1.
Outras 13 escolas cívico-militares do Distrito Federal foram criadas com modelo próprio e, conforme a governadora em exercício, continuarão funcionando da mesma forma. De acordo com Celina, a participação dos agentes de segurança nas escolas é “mínima”, já que a parte pedagógica continua sendo exercida pelos professores, cabendo aos militares apenas prestar “apoio”.
“Então esse modelo, que inclusive foi lançado por nós antes do governo federal, será absorvido pelas nossas equipes de segurança aqui, no formato que nós já temos no nosso programa local”, afirma a governadora em exercício.
Criado em 2019, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o programa de escolas cívico-militares permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar:
O formato propunha que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para os militares;
Cerca de 200 escolas aderiram ao formato até 2022, de acordo com os dados divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).
O anúncio do encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi divulgado na última quarta-feira (12) pelo governo do presidente Lula (PT). Apesar de representar uma parcela mínima das escolas públicas do país, em 2022, a verba prevista para o Pecim era de R$ 64 milhões.
O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (14) que não cabe ao Ministério da Educação (MEC) a implementação e gestão de escolas cívico-militares. Ele acrescentou que o tema deve ser tratado pelos governos estaduais que quiserem adotar o modelo.
Fonte: G1



