Cotidiano

Ciclone no Rio Grande do Sul destrói fazendas de gado e causa morte de animais

A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) afirma que cerca de 500 propriedades rurais foram atingidas pelo ciclone extratropical que atingiu o estado do Rio Grande do Sul entre a noite de quarta (12/07) e a madrugada desta quinta-feira (13/07). Os prejuízos maiores foram constatados nas cidades de Humaitá, Sede Nova, além de Nova Candelária, Tucunduva, Doutor Maurício Cardoso, Crissiumal, Horizontina, Campo Novo e Coronel Bicaco.

Segundo o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), nos municípios de Santa Rosa e Nova Candelária, os principais danos foram na estrutura física dos alojamentos, como queda de telhados, falta de energia elétrica e danos nos sistemas hidráulicos.

“Estou com dificuldades para relatar tudo o que eu vi”. Foi o que afirmou Nacir Penz, da Gadolando, ao site G1, sobre os prejuízos provocados. “Onde o ciclone passou, não deu chances, destruiu propriedades, vegetações, derrubou estruturas de pocilgas dos suínos, matou dezenas de animais. Estamos fazendo um levantamento dos prejuízos”, ressaltou Penz.

Os criadores relatam que a tempestade destruiu galpões de suínos e bois, machucou animais e provocou até mortes de porcos e vacas em municípios do noroeste gaúcho.

Apesar de terem sido registrados rajadas de vento em Santa Catarina e Paraná, não foram registrados prejuízos rurais nos estados, informaram ao g1 o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Santa Catarina (Senar SC).

Animais realocados às pressas
Em relação aos alojamentos de suínos, os produtores precisaram remanejar os animais para outras unidades de forma emergencial.

“Em muitas fazendas, as salas de ordenhas foram destruídas. Isso é grave porque quando uma vaca não é ordenada, o peito dela incha, inflama e ela pode morrer”, diz Penz.

“Por isso a nossa urgência era de que esses animais fossem realocados para as fazendas da região que não foram atingidas. Nossa sorte é que os produtores são muito solidários. Surgiu caminhão e pessoas de onde a gente não imaginava…técnico, cooperativa, e conseguimos transportar os animais para outras fazendas”, afirma Penz.

Cerca de 10 mil porcos devem ter sido afetados pelo ciclone, estima um levantamento da Alibem, que produz carne suína. Alguns animais precisarão ser abatidos devido à falta de alojamentos causada pelo ciclone, aponta Angêlo Meneghetti, diretor administrativo da empresa.

O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) também informou que as equipes técnicas estão acompanhando as atividades e realizando as auditorias de mortalidades e sacrifício de suínos agonizantes.

Fonte: G1

Foto: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA)

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