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ONU alerta que endividamento e energia cara deixarão milhões de pessoas sem acesso à eletricidade

O Relatório do Progresso Energético de 2023, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), alerta que 675 milhões de pessoas vivem sem eletricidade no mundo. Algumas das conclusões do estudo são o crescimento do endividamento dos países e o aumento dos preços da energia que estão piorando as perspectivas de acesso universal à eletricidade e à energia limpa para cozinhar.

As projeções atuais estimam que 1,9 bilhão de pessoas ficarão sem instalações de cozinha não-poluentes e 660 milhões sem acesso à eletricidade em 2030. De acordo com o relatório, essas lacunas afetarão negativamente a saúde das populações mais vulneráveis e acelerarão as mudanças climáticas.

Segundo o documento, que pede mais estímulo ao uso de energias renováveis como forma de superar a crise energética, duas nações lusófonas integram a lista dos 20 países com maior déficit de acesso à energia no mundo. Moçambique, com 22 milhões de pessoas sem eletricidade e Angola, com 18 milhões.

O Brasil, com cerca de 220 milhões de pessoas, está entre as 20 nações que mais consomem energia no mundo. Mais de 46% da eletricidade brasileira vem de fontes renováveis.

A razão do Brasil ser o país com maior percentual de uso de fontes renováveis se deve à alta capacidade de suprir energia a partir de usinas hidroelétricas e de usar bioenergia para aquecimento e transporte. Entretanto, a extração de combustíveis fósseis com uso intensivo de energia ainda representa uma parcela importante do Produto Interno Bruto, PIB, brasileiro.

O levantamento também conclui que os esforços atuais, em nível global, não são suficientes para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7, que propõe acesso à energia elétrica para todos até 2030.

O objetivo, traçado pelas Nações Unidas, inclui dobrar os níveis históricos de eficiência energética e aumentar a participação das fontes renováveis na matriz energética global.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que 3,2 milhões de pessoas morrem por ano de doenças causadas pelo uso de combustíveis e tecnologias poluentes, que aumentam a toxicidade do ar doméstico.

Fonte: Monitor Mercantil

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