Cotidiano

Brasil atinge sua menor taxa de analfabetismo desde 2016, segundo o IBGE

O número de analfabetos de 15 anos ou mais no Brasil recuou 0,5% entre 2019 e o ano passado, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi divulgada pelo órgão nesta quarta-feira (7 de junho). Se há 4 anos atrás o índice era de 6,1% de iletrados no país, em 2022 o número caiu para 5,6%, ou, pouco mais de 490 mil analfabetos a menos no país, menor taxa da série histórica, iniciada em 2016.

De acordo com a pesquisa, ao todo o país tem 9,6 milhões de pessoas que não sabiam ler ou escrever. Deste total, 55,3% (5,3 milhões) estao nos estados da região Nordeste e 54,2% (5,2 milhões) eram pessoas de 60 anos ou mais.

Ainda segundo o IBGE, essa é a primeira divulgação do módulo após a pandemia. Por conta da redução na taxa de aproveitamento da amostra, causada pela mudança na forma de coleta implementada emergencialmente durante o período de distanciamento social, a divulgação do suplemento foi suspensa em 2020 e 2021, sendo retomada somente agora com os resultados para 2022.

“O analfabetismo segue em trajetória de queda, mas mantém uma característica estrutural: quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Isso indica que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda crianças, enquanto permanece um contingente de analfabetos, formado principalmente, por pessoas idosas que não acessaram à alfabetização na infância/juventude e permanecem analfabetas na vida adulta”, observou a coordenadora Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

As taxas ficaram em 16,0% entre as pessoas de 60 anos ou mais, 9,8% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 6,8% entre aquelas com 25 anos ou mais e 5,6% entre a população de 15 anos ou mais. Por outro lado, a taxa de analfabetismo das pessoas de 60 anos ou mais foi a que mais caiu, reduzindo-se em 2,1 pontos percentuais frente a 2019 e 4,5 pontos ante 2016.

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