
Cérebro envelhecido, descoberta conexão pela genética
Em uma descoberta revolucionária, pesquisadores lançam luz sobre as forças genéticas e fatores de risco modificáveis que influenciam áreas do cérebro especialmente suscetíveis a doenças e ao envelhecimento.
Em uma descoberta revolucionária, pesquisadores lançam luz sobre as forças genéticas e fatores de risco modificáveis que influenciam áreas do cérebro especialmente suscetíveis a doenças e ao envelhecimento.
Com base em dados de aproximadamente 40.000 participantes do UK Biobank, este estudo detalhado revela a conexão entre sete aglomerados genéticos e riscos comportamentais, como diabetes, poluição relacionada ao tráfego e frequência de ingestão de álcool.
Essas descobertas não apenas desencadeiam um avanço no entendimento da saúde cerebral, mas também sinalizam uma nova era para estratégias de prevenção, pavimentando o caminho para intervenções focadas na modificação de fatores de risco.
O estudo também amplia a compreensão da herança genética e do impacto das variações no cromossomo X no envelhecimento saudável. Essa pesquisa pioneira redefine a abordagem para a conservação da vitalidade cerebral, sugerindo que a resiliência à demência e outras doenças pode ser reforçada através de mudanças no estilo de vida.
Uma Análise Abrangente: Influências Genéticas e Fatores de Risco Modificáveis em Redes Cerebrais Vulneráveis
Em um estudo publicado no Nature Communications, pesquisadores analisaram cerca de 40.000 participantes do UK Biobank para identificar associações entre uma rede cerebral suscetível ao envelhecimento e diversos fatores genéticos e de risco modificáveis. A pesquisa destacou a relação entre essa rede e sete agrupamentos genéticos, além de fatores de risco como diabetes, poluição do ar relacionada ao tráfego e frequência de consumo de álcool.
As Intrincadas Relações Genéticas
Investigadores identificaram associações em nível de genoma entre a rede cerebral em questão e clusters genéticos ligados a doenças cardiovasculares, esquizofrenia, doença de Alzheimer e doença de Parkinson.
Além disso, foram encontradas associações com dois antígenos do grupo sanguíneo XG, localizados na região pseudoautosômica dos cromossomos sexuais.
Fatores de Risco Modificáveis e Seus Efeitos
A pesquisa revelou que diabetes, dióxido de nitrogênio (um indicador de poluição do ar relacionada ao tráfego) e a frequência de ingestão de álcool estão entre os fatores de risco modificáveis mais prejudiciais para a rede cerebral vulnerável.
A análise desses fatores em um modelo único permitiu aos cientistas avaliar a contribuição única de cada um deles, além dos efeitos dominantes da idade e do sexo.
A Rede Cerebral Vulnerável e o Envelhecimento
A rede cerebral em foco, denominada “last in, first out” (LIFO), demonstrou declínio precoce e acelerado em comparação com outras áreas do cérebro.
Essas regiões também são as últimas a se desenvolverem durante a adolescência, apoiando a hipótese de que o processo de declínio cerebral relacionado à idade espelha a maturação do desenvolvimento.
Estratégias Preventivas e Envelhecimento Saudável
Os resultados do estudo sugerem que o desenvolvimento de estratégias preventivas focadas na modificação de fatores de risco pode ser uma abordagem eficaz para garantir um envelhecimento saudável.
Fatores como pressão arterial elevada, diabetes, obesidade e consumo de álcool têm sido escrutinados nas pesquisas sobre demência e envelhecimento não saudável, mas também fatores protetores como exercício físico.
O Papel da Genética e dos Fatores Modificáveis
Enquanto os fatores genéticos são imutáveis por natureza e informam sobre os mecanismos subjacentes aos fenótipos de interesse, os fatores de risco modificáveis podem ser ajustados para reduzir o risco de declínio cognitivo.
A combinação de análises de imagem cerebral não invasivas com uma abordagem orientada por dados fornece uma avaliação objetiva e robusta da suscetibilidade ao envelhecimento não saudável.
Conclusões e Perspectivas Futuras
Este estudo fornece uma visão abrangente dos fatores genéticos e modificáveis que influenciam as partes mais frágeis do cérebro, particularmente vulneráveis ao envelhecimento e a processos de doenças.
Além disso, abre caminho para investigações futuras sobre o papel potencial do sistema sanguíneo XG na modulação do envelhecimento não saudável.
A pesquisa ressalta a importância de estratégias preventivas baseadas na modificação de fatores de risco para promover um envelhecimento saudável e reduzir a incidência de demência.

A pesquisa foi realizada com o apoio do MRC Career Development Fellowship, Wellcome Collaborative Award e NIHR Oxford Health Biomedical Research Centre, entre outros.
Os dados e ferramentas utilizados no estudo estão disponíveis publicamente, permitindo que outros pesquisadores explorem e expandam essas descobertas significativas.
Publicado na revista científica Nature Commucations,
Por: Redação Infoflash



