
Dados do Cenipa mostram que o Brasil registra um acidente aéreo a cada dois dias
Entre janeiro de 2012 e abril de 2023, foram registrados no Brasil 1.878 acidentes com helicópteros, aviões, ultraleves, planadores, hidroaviões e trikes. Os números são do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da da FAB (Força Aérea Brasileira), e mostram que aconteceu, no País, um acidente aéreo a cada dois dias nos últimos dez anos, em média.
De acordo com os dados do Cenipa, durante este período, 844 pessoas morreram em 441 acidentes aéreos. A perda de controle em voo, a falha do motor e a colisão com obstáculo durante o pousou ou a decolagem foram apontadas como as principais razões das ocorrências fatais, como revelam os dados compilados pela plataforma Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) do Cenipa.
Na última quarta-feira (03/05), o piloto Luiz Ricardo Nazarini e o copiloto Heber Carvalho Guilhen morreram após um helicóptero, que tinha como destino a feira Agrishow, cair em São Carlos, no interior de São Paulo.
Os dados da plataforma Sipaer também revelam que, na última década, os voos particulares corresponderam a metade dos acidentes no Brasil, ou seja, 732 ocorrências, das quais 229 terminaram em morte. Enquanto isso, os acidentes durante voo de táxi aéreo representam apenas 6% (118 casos). Em voos agrícolas, foram 324 acidentes; em experimentais, 309; e em de instrução, 219.
Helicóptero é mais fatal do que avião
Entre janeiro de 2012 e abril de 2023, o Brasil registrou 159 acidentes com helicópteros, dos quais 53 foram fatais. Isto é, um em cada três casos terminaram em morte.
Enquanto, os acidentes envolvendo aviões foram mais numerosos e menos fatais. No mesmo período, houve 1.091 ocorrências, sendo 275 fatais, ou seja, um em cada quatro episódios terminaram em morte.
São Paulo é campeão no número de acidentes
Nos últimos dez anos, o estado de São Paulo liderou o ranking com 386 acidentes aéreos. O número é o dobro do segundo colocado, que é o Mato Grosso com 194 casos. Em terceiro lugar, está o Rio Grande do Sul com 168 ocorrências.



