
Indicador mostra que três em cada dez produtores rurais estão inadimplentes
O Indicador de Inadimplência do Produtor Rural da Serasa Experian revelou que, em março deste ano, 27,4% desses trabalhadores estavam com o nome em vermelho no país. A fotografia analisada mostra que houve uma oscilação de 0,4 pontos percentuais em comparação com o último levantamento, feito em novembro de 2022.
Para o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, considerando o nível nacional do estudo, o percentual de inadimplência indicado não deve ser visto como algo alarmante para o setor. “Mesmo com os reflexos da instabilidade econômica, o agronegócio continua se mostrando como um dos principais motores econômicos do país”. Pimenta também reforça que “a inadimplência é um fator financeiro que acontece em todas as áreas e, quando olhamos para a fatia do agro, podemos perceber sua baixa representatividade. A maior parte dos produtores rurais brasileiros conseguem evitar a negativação e continuam gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos e mitigando os riscos de suas negociações”.
Região Norte registrou a taxa de inadimplência mais expressiva do país
Ainda em março deste ano, os dados do índice também revelaram que a região Norte teve a maior taxa de inadimplência do país, marcando 38,7%. Em sequência estava o Nordeste, com 32,8% dos produtores rurais negativados e o Centro-Oeste, com 31,5%. No Sudeste e no Sul o cenário é ameno, com as regiões registrando 25,0% e 15,6%, respectivamente.
Em nível estadual, lugares como Roraima, Amapá, Amazonas e Tocantins têm os percentuais mais alarmantes.
Faixa etária é um dos fatores determinantes da inadimplência no campo
O levantamento demonstrou que fatores como a idade e a renda mensal dos produtores rurais influenciam diretamente no nível de inadimplência. De acordo com os dados, a negativação diminui com a idade, principalmente a partir dos 51 anos.



