
Mais de 600 famílias do MST invadem fazenda da União no interior de Goiás
Mais de 600 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ocuparam neste sábado (25/03) a Fazenda São Lukas, no município de Hidrolândia, em Goiás. Em nota, o MST informou que a ação foi realizada por mulheres ligadas ao movimento e faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que ocorre em todo país durante o mês de março.
Os representantes do movimento afirmam que o objetivo da invasão é que a propriedade seja destinada para reforma agrária. Segundo o MST, a área ocupada integra o patrimônio da União desde 2016. No entanto, antes, a propriedade pertencia a um grupo criminoso, condenado, em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.
A Polícia Militar de Goiás afirmou que “está presente no local, acompanhando e tomando todas as ações necessárias para garantir a segurança de todos os envolvidos”. Questionada pela imprensa, a PM não respondeu se há alguma ação de desocupação da propriedade em curso.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás, a Superintendência do Incra no Estado e o MST, que também foram procurados pela reportagem do Estadão, não responderam até o final deste sábado.
Suzano
Tradicionalmente, o mês de abril concentra diversas invasões por parte do MST, a partir da ação anual conhecida como “Abril Vermelho”. O período é visto com preocupação por proprietários rurais, que buscam se precaver contra eventuais ataques às suas propriedades.
No fim de fevereiro, o MST protagonizou as primeiras invasões de grandes proporções no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República. No Sul da Bahia, cerca de 1.700 sem-terra tomaram conta de três fazendas de cultivo de eucalipto nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas. As propriedades pertencem à empresa Suzano Papel e Celulose. O caso foi parar na Justiça, que determinou a expulsão do movimento das três propriedades.



