Saúde

Estudos avançam no desenvolvimento do anticoncepcional masculino

Cientistas desenvolveram uma pílula anticoncepcional masculina não hormonal que impede que o espermatozoide nade até o óvulo. O estudo inicial, feito com camundongos, teve um resultado promissor. Com uma única dose da droga, chamada TDI-11861, os espermatozoides do animal foram imobilizados antes, durante e depois do acasalamento. O efeito da droga, ou seja, a “infertilidade temporária” durou aproximadamente três horas e, em um dia, desapareceu totalmente.
O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e publicado na revista Nature. Antes dos testes em humanos, no entanto, os cientistas planejam realizar estudos com coelhos. Atualmente, a prevenção da gravidez indesejada “é, em grande parte, da competência das mulheres”, afirma o estudo. Para os especialistas, o desenvolvimento de novos contraceptivos para homens é um desafio, pois, após a puberdade, um homem produz cerca de mil espermatozoides por segundo, “e uma estratégia contraceptiva masculina precisa ser suficientemente eficaz para impedir que milhões de espermatozoides fertilizem o óvulo”.

Segundo os profissionais, a principal diferença entre essa nova pílula anticoncepcional masculina e a feminina, aprovada pela FDA, nos EUA, desde 1960, é que a masculina não envolve nenhum hormônio. Eles afirmam que essa é uma das grandes vantagens da abordagem que está sendo explorada: a pílula masculina não eliminará a testosterona e nem causará algum efeito colateral de deficiência de hormônio masculino. Uma das cientistas que íntegram a equipe, Melanie Balbach, da Weill Cornell Medicine, em Nova York, disse à BBC que a pílula se mostrou promissora como um anticoncepcional “reversível” e fácil de usar. Caso funcione em humanos, os homens poderão usá-la com a frequência necessária.

Os profissionais alertam, no entanto, que a pílula anticoncepcional masculina não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Os preservativos seguem sendo necessários para isso.

 

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