
Uma nova ameaça à saúde pública surgiu no mundo. Após uma reunião de urgência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou o surto do vírus de Marburg na Guiné Equatorial, obrigando o país africano a declarar estado de alerta sanitário. O microrganismo é considerado um dos mais perigosos do mundo. Isso porque ele pertence à mesma família do Ebola e tem uma taxa média de mortalidade de 50% – podendo chegar a 88%, a depender da variante do vírus.
As autoridades da Guiné Equatorial já relataram ao menos nove mortos e 16 casos suspeitos. Além disso, 21 pessoas estão em isolamento e sob vigilância por terem contato com os mortos. Outras 4.325 estão em quarentena em suas casas. Segundo o ministro da Saúde da Guiné Equatorial, Ondo’o Ayekaba, as mortes ocorreram entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro.
Essa não é a primeira vez que um surto do vírus acontece na região africana. Em 2004, 90% das 252 pessoas infectadas morreram em Angola. Em 2022, duas mortes pelo vírus foram relatadas em Gana. Além disso, também já houve surtos esporádicos em Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda.
“O vírus de Marburg é altamente contagioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode chegar rapidamente para salvar vidas e parar o vírus o mais rapidamente possível”, afirmou Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para África.
Vírus de Marburg
Conhecido como “primo” do Ebola, o vírus de Marburg é transmitido de morcegos para primatas e seres humanos. Entre humanos, o contágio ocorre por meio de fluidos corporais de pessoas infectadas ou por superfícies e materiais, como roupas de cama, por exemplo.
Entre os principais sintomas estão:
Febre hemorrágica;
Dor de cabeça;
Náuseas;
Vômitos;
Problemas respiratórios superiores (tosse, dor torácica, faringite).



