
Em comunicado à ONU, Lula pede “intervenção humanitária urgente” em Israel e na Faixa de Gaza
O Itamaraty disse nesta quarta-feira (11/10) que os desdobramentos políticos da guerra entre Israel e o gruppo extremista Hamas serão debatidos no Conselho de Segurança da ONU, do qual o Brasil ocupa atualmente a presidência rotativa. Isso inclui o debate sobre se o governo federal passará a classificar o Hamas como um grupo terrorista.
“O Brasil condenou e repudiou o terrorismo. Essa posição do Brasil é muito clara e forte. Os desdobramentos políticos desse conflito o Brasil está tratando no Conselho de Segurança da ONU”, disse Carlos Sérgio Duarte, secretário do Ministério dos Exteriores para África e Oriente Médio.
Em declaração nesta quarta, o presidente Lula pediu à ONU uma “intervenção humanitária internacional urgente” em Israel e Gaza. Em comunicado, Lula disse ainda que a presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, atualmente ocupada pelo Brasil, “se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito”.
“É urgente uma intervenção humanitária internacional. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito”, afirmou Lula.
Também nesta quarta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, entrou em contato com seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry. O ministro pediu apoio da administração egípcia para facilitar a passagem de ônibus em Rafah depois que o posto fronteiriço, por onde os ônibus com os brasileiros tem que passar, foi alvo de bombardeios da Força Aérea Israelense, conforme noticiado.
O número de mortos no confronto entre Israel e o Hamas ultrapassou 2,3 mil. Uma brasileira ainda está desaparecida e dois foram declarados mortos.



