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Setor de alimentação gerou 6,1 milhões de empregos entre meses de janeiro e setembro

As atividades econômicas ligadas ao foodservice, com serviços prestados no preparo ou fornecimento de refeições fora do lar, geraram 6,1 milhões de empregos no Brasil entre janeiro e setembro deste ano, um aumento de 7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação consta no relatório “Reflexo da Pandemia nos Foodservices” da Melius Consulting, que mostra que o setor, o mais impactado durante a pandemia, continua em forte retomada.

Os resultados do terceiro trimestre mantiveram a recuperação dos meses anteriores, com os segmentos diretamente relacionados aos foodservices crescendo 6% em relação ao ano anterior e 1,3% se comparado ao desempenho do segundo trimestre de 2023.

Somente os setores de bares e restaurantes criaram 330 mil novas vagas de trabalho em 2023. Isso representou a consolidação da recuperação desses segmentos, que em 2022 já haviam registrado mais de 4,1 milhões de ocupações formais após dois anos de profunda crise e instabilidade. Assim, os restaurantes aumentaram a sua oferta de empregos em 6,6% e os bares em 6,8% na comparação com 2021, quando foram identificadas 3,1 milhões de ocupações com registro formal na primeira dessas categorias de estabelecimento no Brasil. Na ocasião, esse volume significou uma queda expressiva de 16% na comparação com os 4,5 milhões de postos de trabalho existentes em 2019.

Com quase 4,1 milhões de empregos entre janeiro e setembro, o setor de restaurantes superou com certa folga as 3,8 milhões de ocupações existentes no mesmo período de 2022, ano em que houve uma recuperação de 6,6% em relação a 2021, quando foram registrados 3,1 milhões de postos de trabalho. Esse volume representou então uma desaceleração expressiva de 14,6% ao se contrapor aos 3,6 milhões de postos de trabalho com vínculo empregatício nos 12 meses anteriores.

Ao mesmo tempo, o relatório da Melius revela que o número de estabelecimentos desse segmento sofreu uma sequência sucessiva de fechamento de empresas neste intervalo de três anos, passando de 403.330 unidades em 2020 para 388.135 em 2022, quando houve retração de 1,1% na comparação com os 392.515 restaurantes que existiam em 2021.

Segundo o levantamento, o setor de bares cresceu 6,7% em termos de empregos em 2022, quando se recuperou de uma expressiva queda de 19% em 2021, ano em que essa categoria de estabelecimento foi muito impactada pelos efeitos provocados pela crise sanitária da Covid-19.

Por outro lado, estudo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), realizado neste ano, constatou que 35% dos empreendedores do setor pretendiam contratar funcionários até o fim de 2023. Apesar do número positivo, a demanda e a dificuldade de contratação no setor de bares e restaurantes continua grande. O levantamento ainda mostra quais vagas os empreendedores esperam encontrar maiores dificuldades para preencher: funções como gerente, sushiman, pizzaiolo e cozinheiro lideram o ranking quando o assunto é escassez de profissionais. Em uma escala de zero a cinco, a dificuldade para contratar um gerente, por exemplo, é de 4,40.

Ainda segundo o ranking da pesquisa, cargos como garçons, entregadores e profissional de TI possuem dificuldade menor no quesito contratação, sendo mais fácil para os empreendedores encontrarem profissionais que atuem na área. Ainda em uma escala de zero a cinco, a dificuldade em contratar alguém para a vaga de garçom é de 3,66, por exemplo. A pesquisa ainda revela um perfil dos profissionais do setor de bares e restaurantes e alerta sobre a ausência de capacitação. Apesar da demanda constante de cargos para a área de alimentação fora do lar, a escassez de profissionais qualificados impõe barreiras para a diminuição de vagas ociosas no mercado.

Fonte: Monitor Mercantil

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