Os líderes do G7 estão pressionando pela “extensão, plena implementação e expansão” do acordo que permite a exportação de grãos ucranianos através do Mar Negro. Esta rota foi efetivamente cortada no início da guerra quando as tropas russas se moveram para tomar a região portuária vital para a exportação de grãos..
A Ucrânia é um dos maiores produtores mundiais de grãos, trigo e outros alimentos básicos e é um grande fornecedor de muitos países em desenvolvimento. Quando as exportações foram cortadas, muitos temeram que suas populações passassem fome.
O acordo de grãos foi negociado pela ONU e pela Turquia e assinado em Istambul em julho passado. Ele permite que a Ucrânia exporte mais de 27 milhões de toneladas de grãos de vários de seus portos por meio da rota do Mar Negro.
Entretanto, o governo russo sinalizou que não permitirá que o acordo continue além de 18 de maio, porque uma lista de exigências para facilitar suas próprias exportações de grãos e fertilizantes não teria sido atendida.
Os ministros da agricultura do G7 disseram em um comunicado recente: “Apoiamos fortemente a extensão, implementação total e expansão da iniciativa de Grãos do Mar Negro.
“Condenamos as tentativas da Rússia de usar alimentos como meio de desestabilização e como ferramenta de coerção geopolítica e reiteramos nosso compromisso de agir em solidariedade e apoiar os mais afetados pelo armamento russo de alimentos”, disse a nota dos ministros do G7.
Eles acrescentaram que “estão prontos” para apoiar a recuperação e reconstrução da Ucrânia, inclusive fornecendo experiência em desminagem de terras agrícolas e reconstrução de infraestrutura agrícola.
Há a perspectiva de que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, discuta o acordo de exportação de grãos com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Nova York, na próxima semana.
