O general Gonçalves Dias pediu demissão nesta quarta-feira (19/04) do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O pedido ocorre após a CNN apresentar um vídeo mostrando o ministro no Palácio do Planalto durante invasões de vândalos no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
O pedido de demissão foi feito após reunião do general Gonçalves com o presidente Lula e chefes de outras pastas, no Palácio do Planalto. O general da reserva é o primeiro ministro a deixar o governo no terceiro mandato de Lula.
A atuação do GSI durante os atos de 8 de janeiro é alvo de fortes críticas. As imagens exibidas pela CNN Brasil mostram Gonçalves Dias e funcionários do GSI circulando entre os invasores no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Um dos funcionários do GSI conversa com invasores e os cumprimenta. Outro trecho mostra servidores do órgão entregando água aos vândalos.
Em nota, o GSI afirmou que as imagens mostram a “atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto”.
Problemas médicos
Apesar de ter confirmado a presença na audiência desta quarta-feira (19/04) da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Gonçalves Dias voltou atrás e faltou alegando motivo de saúde. O atestado foi apresentado horas após vazamento de vídeo no qual o ministro aparece dentro do Planalto na invasão de 8 de janeiro.
O médico que assinou o atestado para o ministro do GSI, general Gonçalves Dias, faltar à audiência na Câmara também é militar. A sessão, que ocorreria nesta quarta-feira (19/4), teve de ser adiada.
Quem assina o documento enviado à Câmara é o major da Aeronáutica João Luiz Henrique da Silveira. Militar da ativa, ele ingressou no serviço público em 2006. No documento enviado à Câmara, Silveira afirmou que o ministro “se encontra quadro clínico agudo e com necessidade de medicação e observação”, sem especificar a doença.
