* Por Léo Ladeira
Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro Márcio França (Portos e Aeroportos), nesta semana, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, comemorou o apoio do Governo Federal na decisão de limitar voos domésticos no Aeroporto Santos Dumont, na Zona Sul da cidade.
Com o projeto, o Santos Dumont voltaria a realizar voos apenas para São Paulo e Brasília. Os demais voos seriam deslocados para o Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte.
Se a medida se concretizar, o Galeão poderá aumentar em 50% seu fluxo de passageiros, o que ajudaria a promover o reequilíbrio entre os terminais. Atualmente o SDU está em estado caótico com excesso de voos domésticos.
Segundo o prefeito, a decisão beneficiaria o turismo, os negócios e os empregos no Rio.
Ainda não há confirmação de data para a transferência de voos, mas Paes acredita que as restrições possam ser adotadas a partir de janeiro de 2024.
Embora muitos cariocas reconheçam que o Galeão precisa ser revitalizado, o projeto não agradou a todos, principalmente a moradores da Zona Sul. Muitos temem engarrafamentos no acesso ao Galeão e a questão da violência em áreas próximas ao aeroporto.
Para os cariocas é preciso garantir também um transporte eficiente e com ligação direta com o Centro da cidade.
Em 2014, o Galeão era o segundo aeroporto mais movimentado do Brasil. Em 2021, o terminal despencou para a 11ª posição, sendo ultrapassado pelos aeroportos de Brasília, Congonhas, Viracopos e outros. A ideia é reverter esse quadro e recuperar as operações no Aeroporto Internacional.
* Léo Ladeira é jornalista e especialista em patrimônio histórico e cultural
