Biden garante que o sistema bancário dos EUA é seguro, mesmo com colapso de bancos

O presidente dos EUA, Joe Biden, em pronunciamento nesta segunda-feira (13/03), garantiu aos norte-americanos que o sistema bancário do País é seguro e que os contribuintes podem confiar em manter seus investimentos no sistema bancário.

“Os americanos podem confiar que o sistema bancário é seguro. Seus depósitos estão seguros”, disse Biden em um comunicado de cinco minutos lido no início da manhã.

O presidente dos Estados Unidos disse que todos os clientes do Silicon Valley Bank, com sede na Califórnia, e do Signature Bank, com sede em Nova York, teriam acesso imediato a seus depósitos, à medida que as autoridades financeiras federais assumissem o controle de suas operações.

“Nenhuma perda será suportada pelos contribuintes”, declarou Biden. “Os gerentes desses bancos serão demitidos. Os investidores nesses bancos não serão protegidos.”

Biden afirmou que os depósitos dos clientes serão cobertos por fundos que os bancos depositam rotineiramente em uma conta mantida pelo governo dos EUA para tais emergências. E ele completou: “Precisamos obter uma contabilidade completa do que aconteceu nos dois bancos”.

Após o comunicado, Joe Biden ignorou as perguntas dos repórteres sobre a causa das quebras, mas especialistas financeiros dizem que os dois bancos foram afetados por um aumento nas taxas de juros, que impactou negativamente os valores de mercado de partes significativas de seus ativos, como títulos e títulos lastreados em hipotecas.

A Federal Deposit Insurance Corp. informou que os bancos norte-americanos em todo o setor, no final do ano passado, relataram perdas de US$ 620 bilhões em tais papéis causadas pelo aumento das taxas de juros.

Em um comunicado no final do domingo, Biden disse: “Estou firmemente comprometido em responsabilizar totalmente os responsáveis ​​por essa bagunça e em continuar nossos esforços para fortalecer a supervisão e a regulamentação de bancos maiores, para que não fiquemos nesta posição novamente”.

A declaração ocorreu após uma reunião de autoridades dos principais reguladores financeiros e disse que o Federal Reserve, o banco central do país, também está dando a outros bancos acesso a um programa de empréstimos de emergência para fornecer estabilidade adicional ao sistema bancário mais amplo.

O FDIC, que garante depósitos de até US$ 250.000 e supervisiona instituições financeiras, disseque transferiu todos os depósitos do Silicon Valley Bank para o chamado “banco ponte”. O novo banco é dirigido por um conselho indicado pela agência até que ela possa estabilizar as operações.

O Banco da Inglaterra também anunciou na segunda-feira a venda da subsidiária do Silicon Valley Bank no Reino Unido para o HSBC para estabilizar o banco, “garantindo a continuidade dos serviços bancários, minimizando a interrupção do setor de tecnologia do Reino Unido e apoiando a confiança no sistema financeiro”. Um comunicado do Banco da Inglaterra disse que todo o dinheiro dos depositantes estava seguro e que o Silicon Valley Bank UK continuaria operando normalmente.

As ações foram motivadas pela falência do Silicon Valley Bank, que os reguladores dos EUA decidiram na última sexta-feira (10/03) depois que preocupações sobre a saúde financeira do banco levaram um grande número de depositantes a sacar seu dinheiro ao mesmo tempo.

Com cerca de US$ 200 bilhões em ativos, a falência do Silicon Valley Bank foi a segunda maior da história dos Estados Unidos. O banco estava fortemente envolvido no financiamento de empresas de capital de risco, especialmente no setor de tecnologia.

O Signature Bank também tinha uma grande parcela de clientes no setor de tecnologia, incluindo criptomoedas. Sua falência, com mais de US$ 100 bilhões em ativos, foi a terceira maior da história dos Estados Unidos, atrás do Washington Mutual e do Silicon Valley Bank.

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