
Brasil criou 1,48 milhão de empregos formais em 2023, segundo o Caged
O Brasil registrou saldo positivo de 1,48 milhão de empregos formais em 2023, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No acumulado do ano (janeiro a dezembro), foram registradas 23,25 milhões de admissões e 21,77 milhões de desligamentos.
O maior crescimento do emprego formal em 2023 ocorreu no setor de serviços, com a criação de 886,25 mil postos. No comércio, foram criados 276,52 mil postos; na construção 158,94 mil; na indústria, 127,14 mil; e na agropecuária, o saldo foi de 34,76 mil postos. O salário médio de admissão foi R$ 2,03 mil.
Nas 27 unidades federativas ocorreram saldos positivos, com destaque para São Paulo (390,71 mil postos, mais 3%), Rio de Janeiro (160,57 mil postos, mais 4,7%) e Minas Gerais (140,83 mil postos, mais 3,2%). Nas regiões, as maiores gerações ocorreram no Sudeste, (726,32 mil), Nordeste (298,18 mil) e Sul (197,65 mil). O maior crescimento foi verificado no Nordeste, 5,2%, com geração de 106,37 mil postos no ano.
A maioria das vagas criadas em 2023 foram preenchidas por homens (840,74 mil). Mulheres ocuparam 642,892 mil novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 1,15 milhão de postos.
Os resultados de 2023 não atingiram as previsões do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que projetavaa a geração de mais de 2 milhões em empregos com carteira assinada no ano. Segundo ele, o resultado pode ter sido influenciado pela informalidade, especialmente na agricultura, além de fatores econômicos como os juros e o endividamento, que teve uma queda insuficiente para influenciar no mercado de contratação.
“Do jeito que nós herdamos a gestão do país, eu creio que foi um número razoável. Não vamos comemorar, mas foi um número razoável dentro do primeiro ano de governo”, disse Marinho, acrescentando que a tendência para 2024 é haver um aumento na geração de empregos, especialmente pela retomada de projetos de infraestrutura.
Dezembro
Em dezembro, o Brasil registrou saldo negativo de 430,15mil postos de trabalho com carteira assinada. No mês passado, foram 1,5 milhão de admissões e 1,93 milhão de demissões, segundo o Caged. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a queda ocorreu devido ao ajuste sazonal realizado no mês.
“Dezembro não é o melhor mês do Caged, pelo contrário, é um mês em que as empresas fazem a rescisão de contratos, especialmente os contratos temporários. E tem também os estados, especialmente (os contratos nas áreas de) educação e saúde, que acabam rescindindo contratos”, explicou o ministro Luiz Marinho.
No último mês de 2023, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos negativos: serviços (menos 181,91 mil postos); indústria (menos 111 mil postos); construção (menos 75,63 mil postos); agropecuária (menos 53,66 mil postos) e comércio (menos 7,94 mil postos).



