Cada R$ 1 perdido em fraudes no Brasil custa às empresas R$ 3,59

Custo das fraudes no Brasil! Estudo da A LexisNexis Risk Solutions intitulado “Real Custo das Fraudes 2023 – América Latina”, baseado em uma pesquisa realizada pela Forrester Consulting, revela que as empresas na América Latina agora enfrentam um custo de fraude 3,9 vezes superior ao valor nominal perdido em transações fraudulentas.

No Brasil, 59% das empresas relataram um aumento nas fraudes nos 12 meses anteriores à pesquisa. As organizações enfrentam um custo médio de R$ 3,59 por cada real perdido em fraudes (R$ 3,01 para varejistas e R$ 4,49 para instituições financeiras). Estes custos incluem perdas financeiras devido à fraude, bem como despesas trabalhistas internas, custos externos, custos legais e taxas de recuperação, além das despesas associadas à substituição ou redistribuição de mercadorias perdidas ou roubadas.

Segundo o levantamento, anual, em toda a América Latina, os canais digitais são responsáveis por 51% das perdas globais por fraude, superando a fraude física pela primeira vez. Consequentemente, os cibercriminosos exploram o anonimato das transações digitais e transfronteiriças para executar fraudes rápidas e indetectáveis. Além disso, o aumento das fraudes e a utilização de tecnologias como a inteligência artificial ampliam a capacidade dos cibercriminosos de explorar tanto consumidores como empresas.

Táticas criminosas usadas pelos especialistas em fraudes

O estudo também reflete a evolução das táticas criminosas. Na América Latina, a etapa da jornada do cliente com maiores perdas por fraude é a criação de novas contas, representando o maior desafio para instituições financeiras (46%) e varejistas (44%). Os criminosos estão explorando a crescente popularidade dos bancos digitais e do varejo eletrônico utilizando identidades roubadas ou sintéticas para abrir contas fraudulentas.

Segundo a pesquisa, a fraude afeta significativamente a forma como os clientes percebem e interagem com as empresas: 78% dos entrevistados brasileiros relatam que a fraude influenciou a satisfação do cliente, em comparação com 77% na América Latina. Setenta e seis por cento (76%) percebem seu impacto na conversão de clientes, inferior aos 80% registrados na América Latina.

Em março, foram registradas no Sudeste 514.202 tentativas de fraude de identidade, detectadas graças às tecnologias antifraude que envolvem verificação de dados cadastrais, verificação de documentos e biometria facial. O estado com o maior volume de diligências foi São Paulo. Considerando todo o país, foram registradas 1.064.803 tentativas de fraude de identidade em março. O volume representa um aumento de 24,3% em relação ao mesmo mês de 2023 e é o maior número já marcado pelo Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian desde o início da série histórica, em 2022.

Na visão por setores, bancos e cartões concentrou a maior parte das ocorrências (50,9%) e telefonia foi o menos visado pelos criminosos (1,6%). Em relação às idades, os cidadãos de 36 a 50 anos foram os que tiveram maior incidência das tentativas de fraude em março (35,8%).

Em relação a quantidades de tentativas de fraude a cada milhão de habitantes, o indicador mostrou que Distrito Federal, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná e São Paulo são os alvos preferidos dos criminosos.

Fonte: Monitor Mercantil

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