O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal podem se unir aos bancos privados e aderir à suspensão do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Durante a semana, bancos privados como Itaú, Bradesco, Santander, PagBank, PAN, entre outros, suspenderam a oferta de empréstimos consignados, como reação à decisão do Conselho Nacional de Previdência tomada na última segunda-feira (13/03), de reduzir o juro máximo permitido nessa operação, de 2,14% para 1,7% ao mês.
Após a diminuição da taxa pelo Conselho, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) alertou que a medida poderia inviabilizar a operação.
Até o começo da noite desta quinta-feira (16/03), não havia indicações de que Caixa e Banco do Brasil suspenderiam as operações. Procurados pela reportagem da CNN para confirmar sobre as operações de crédito consignado, os bancos públicos ainda não confirmaram oficialmente.
A Febraban informou que “cada banco tem sua estratégia comercial de negócio na concessão de linhas de crédito e não houve qualquer decisão coletiva”. A entidade, em nota, afirma que “os bancos que ofertam o consignado não reportaram à Febraban a suspensão da linha de consignado para aposentados do INSS”.
“Como essa decisão não é uma iniciativa setorial, cada banco tem sua política comercial de concessão de crédito, não cabendo reportar à Febraban as linhas de crédito que concedem ou deixam de conceder”, diz a federação dos bancos.
Com a decisão anunciada na segunda-feira, o juro do empréstimo consignado caiu de 2,14% para 1,70% ao mês e a taxa máxima do cartão consignado passou de 3,06% para 2,62% mensais. Após essa medida, a Febraban alertou que a “redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta de empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado”.
A entidade explicou, na época, que os “patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto”.
