
Cariocas pretendem comprar produtos do RS nos supermercados
Pesquisa revela que 87,5% dos consumidores cariocas não estão estocando arroz
Maioria dos cariocas se mostram dispostos a comprar produtos gaúchos! Pesquisa realizada pela Associação de Supermercado do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) traçou um perfil do comportamento dos cariocas, quanto à iniciativa de comprar itens fabricados no Rio Grande do Sul.
Segundo o levantamento, 88,1% dos cariocas pretendem comprar produtos gaúchos nos supermercados. Outros 62,6% já estão comprando itens produzidos na região, com o objetivo de apoiar os negócios duramente afetados pelas enchentes.
Para o primeiro vice-presidente da Associação das Américas de Supermercados e presidente da Asserj, Fábio Queiróz, os cariocas estão empenhados em apoiar o Rio Grande do Sul.
“O levantamento revelou que para 88% dos cariocas, a identificação dos produtos de origem gaúcha nas gôndolas poderia incentivar a compra desses itens. Já verificamos que diversos associados, ou seja, supermercadistas, estão realizando essa iniciativa. É uma forma generosa, eficaz e inteligente de contribuir com o povo do Sul, tão duramente afetado pelas fortes chuvas”, destaca o executivo.
Apesar de o Rio Grande do Sul ser responsável por boa parte do arroz produzido no Brasil, e já terem colhido 83% da safra deste ano, eles ainda podem enfrentar alguma dificuldade para escoar, com velocidade, a sua produção em decorrência de vias e estradas danificadas. Diversas iniciativas foram tomadas, como, por exemplo, zerar impostos para importação de três tipos de arroz até o fim do ano.
Cariocas não armazenam arroz
O estudo da Asserj mostra que 87,5% dos cariocas não estão armazenando arroz em excesso em suas residências e apenas 12,5% revelaram ter feito.
A pesquisa também indagou os cariocas sobre as consequências de estocar arroz, que vão desde a impossibilidade dos menos favorecidos economicamente de comprar o produto, até o aumento nos preços. A boa notícia é que 66,5% dos entrevistados revelaram ter essa consciência e apenas 33,5% informaram desconhecimento.
Segundo Queiróz, os números comprovam a importância de ter tratado do tema com seriedade e transparência, desde o início. “Fomos a primeira associação a alertar sobre a probabilidade de o problema ocorrer. Nosso intuito foi alertar e conscientizar a população para não fazer estoques desnecessários que impulsionam a injustiça social e o aumento de preço”, ressalta.
Por fim, outros 58,1% dos entrevistados demonstraram saber que, nesse momento, ao substituir o arroz por outros alimentos, está ajudando a equilibrar o valor e a oferta do produto no mercado.
A sondagem ocorreu entre os dias 20 e 21 de maio e contou com a participação de 487 consumidores na cidade do Rio de Janeiro.
Já o Índice de Ruptura da Neogrid mostra que, em abril, a ausência de marcas nas prateleiras dos varejos alimentícios no Brasil permaneceu na casa dos 13%. Na prática, o aumento registrado foi de apenas 0,1%, o que indica um patamar de estabilidade no cenário de ruptura no país.
O azeite, por exemplo, registrou queda de quase 2 pontos percentuais na ruptura, saindo de 16,20% para 14,30%. Segundo o estudo, os preços do azeite tiveram, inclusive, uma modesta queda de 3,2% no preço médio por litro em relação ao preço praticado no mês anterior, chegando a R$ 95,39.
Já o feijão apresentou uma diminuição de 6,9% no preço médio por quilo em abril em relação ao praticado em março, chegando a R$ 8,98, ao passo que sua ruptura em abril (13%) permaneceu estável sobre o mês anterior (12,9%).
O arroz, por sua vez, teve uma queda de 5,3% no preço em abril, chegando a R$ 6,55, enquanto sua ruptura passou de 8,3%, em março, para 7,60% em abril. Entretanto, esse aumento sentido em algumas regiões parece ser temporário. Mesmo que os dados da plataforma Cesta de Consumo Horus & FGV Ibre, apontem redução do preço do alimento em oito capitais pesquisadas no último mês – Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo – as enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor do país, devem elevar o preço do produto já em maio.
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Fonte: Monitor Mercantil



