Contratação com carteira assinada, pelo regime da CLT, ainda está nas preferências de 63% dos trabalhadores brasileiros, enquanto 28% não demonstram favoritismo sobre o tipo de regime de contratação, desde que seu salário pague as contas. Os contratos via CNPJ com emissão de nota estão no topo para 6% e a contratação informal, para 4%.
Foi o que apontou a pesquisa Economia e Emprego 2023, da Hibou, realizada de 21 a 23 de abril com 2.060 respondentes participaram por painel digital. O estudo apresenta 2% de margem de erro a 95% intervalo de confiança.
O levantamento mostra também que sete em cada 10 brasileiros conhecem alguém na sua rede primária que está sem emprego atualmente. As três principais dificuldades em conseguir uma vaga profissional nos últimos dois anos são: a descrição da vaga exige várias competências avançadas diferentes (44%); as empresas não têm valorizado os profissionais +50 (42%), e que este é o resultado de uma redução geral do consumo com queda na demanda (40%).
Para formar o ranking dos cinco maiores fatores, ainda foram citadas como causas de desemprego: a pandemia (38%) e a automação e inteligência artificial ocupando vagas de trabalho (22%).
Ainda de acordo com o levantamento, na hora de conquistar aquela vaga dos sonhos, o networking continua sendo a melhor alternativa e 34% dos brasileiros recorrem à indicação dos amigos; 21% buscam em sites especializados; 14% no LinkedIn; e 3% em redes sociais. 19% acreditam que o caminho seja distribuir ou enviar currículos para empresas da sua área profissional e 8% creem que fazer um curso em uma área nova é um facilitador.
A expectativa do brasileiro é de piora econômica para os próximos meses, e 59% das pessoas não estão otimistas. Entre estes 59%, 24% acreditam que haverá mais dificuldade para encontrar um emprego, 35% acreditam que acontecerão mais demissões somado ao desafio da contratação. Entre os mais otimistas, 30% supõem um panorama igual e 11% acreditam que as pessoas encontrarão um emprego mais rapidamente.
Entre segurança financeira e trabalhar com o que gosta, o primeiro fator mostrou-se como o mais importante para os brasileiros. 37% querem pagar as contas e ter sobras no fim do mês; e 15% escolhem o emprego pelo maior salário.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem dados preocupantes sobre o mercado de trabalho no primeiro trimestre de 2023. Conforme o relatório, a taxa de desemprego atingiu 8,8% no período, demonstrando um aumento em relação a trimestres anteriores. No que diz respeito ao gênero, a taxa de desocupação entre os homens foi de 7,2%, enquanto entre as mulheres chegou a 10,8%.
Já a análise por cor ou raça revelou que a taxa de desocupação ficou abaixo da média nacional para os brancos, com 6,8%. Por outro lado, a taxa para os pretos foi de 11,3% e para os pardos, 10,1%. No aspecto da escolaridade, a pesquisa mostrou que a taxa de desocupação foi mais elevada para pessoas com Ensino Médio incompleto, atingindo 15,2%.
