O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiu uma propriedade da empresa fabricante de papel e celulose Suzano, em Aracruz, no Espírito Santo (ES). A invasão começou na madrugada desta segunda-feira (17/04). Em março, o MST ocupou três fazendas da Suzano no sul do estado da Bahia.
De acordo com o grupo invasor de propriedade privada, a área seria patrimônio do governo do estado e estaria sendo usada há anos pela antiga Aracruz Celulose, incorporada pela Suzano.
Desde o fim de semana o movimento sem terra vem invadindo diversas fazendas. O MST invadiu nove fazendas e sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de pelo menos sete estados no chamado “abril vermelho”, quando há invasões de terras e prédios públicos pelo país.
As invasões começaram no sábado (15/4), quando o movimento ocupou a área de oito fazendas em Pernambuco. Em nota, o MST alegou que as fazendas são latifúndios improdutivos.
Uma das fazendas invadidas em Petrolina (PE) pertence à Empraba (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Após a invasão, o órgão federal divulgou comunicado afirmando que a invasão aconteceu em terras agriculturáveis e de preservação da caatinga, onde são realizados experimentos e multiplicação de material genético de sementes e mudas de plantas.
Ainda segundo a Embrapa, a invasão das terras pode comprometer a vida de animais ameaçadas de extinção que são preservados na área, além de prejudicar as pesquisas realizadas no local. A área é ocupada por 660 famílias.
Nesta segunda, as sedes do Incra foram invadidas pela manhã nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal.
