Um grupo de 25 deputadas federais da base aliada do governo do presidente Lula, das quais 15 petistas, enviou, na última sexta-feira (29/09), uma carta ao chefe do Executivo pedindo que ele indique uma mulher negra ao Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente precisa indicar um nome para a Corte após a aposentadoria de Rosa Weber, na última quinta-feira (28/09).
Apesar do pedido, entre os mais cotados, de acordo com auxiliares do presidente, estão três homens: Flávio Dino, atual ministro da Justiça; Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU); e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Na carta a Lula, que está internado após passar por cirurgia, as parlamentares expressam apoio a uma mulher negra na Corte.
“O Brasil passa por um processo de retomada da democracia e, para tal, é necessário fazer composições que permitam a governabilidade. Porém, sem representatividade e sem diversidade nos espaços de poder, essa retomada fica comprometida”, diz o grupo.
Mesmo com o anseio por uma mulher negra na Suprema Corte por parte de suas aliadas, Lula afirmou, no último dia 25 de setembro, que o critério de gênero e cor não seria o adotado e que pretendia indicar pessoas que pudessem “atender aos interesses e à expectativa do Brasil” e, no caso do STF, alguém que votasse “adequadamente, sem precisar ficar votando pela imprensa”.
