
Governo pressiona e Pacheco cancela sessão do Congresso e adia criação de CPMI
Apesar da mobilização da oposição, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cancelou a realização da sessão conjunta do Congresso, que seria realizada nesta terça-feira (18/04), e adiou a abertura da CPMI dos atos de 8 de janeiro para o próximo dia 26 de abril. A decisão de Rodrigo Pacheco ocorre após forte pressão do governo, que conseguiu reunir a maioria das lideranças do Congresso para barrar a sessão.
“Houve um arbitramento do Congresso para fazer uma sessão na quarta que vem para a gente analisar todos os vetos, todos os projetos e fazer a leitura do requerimento”, disse Pacheco. “O direito da minoria será garantido”.
O governo Lula teme que a investigação atrapalhe o andamento da pauta econômica. A expectativa é que o arcabouço fiscal seja entregue ainda hoje ao Congresso. Além disso, o governo usou como argumento a falta de previsão orçamentária para garantir o piso salarial da enfermagem.
O presidente Lula deve assinar o pedido de abertura de crédito para o piso da enfermagem ainda hoje e enviar ao Congresso, que precisa votar o pedido. Dessa forma, não teria tempo hábil para discussão da matéria e distribuição de relatoria.
O adiamento da sessão foi decidido depois de uma reunião de quase duas horas, com um “debate exaustivo”, segundo o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RR).
Durante a reunião, um grupo de deputados da oposição, liderados por Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Bia Kicis (PL-DF) e Nikolas Ferreira (PL-MG), “invadiu” a reunião de lideranças do Congresso presidida por Pacheco, pedindo a abertura da CPMI.



