
Guarda Costeira dos Estados Unidos informa que ocupantes de submarino desaparecido no Atlântico morreram
O contra-almirante e comandante do 1º Distrito da Guarda Costeira dos Estados Unidos, John Mauger, disse que os detritos encontrados nesta quinta-feira (22/06) eram “consistentes com a perda catastrófica da câmara de pressão” do submarino Titan, que estava desaparecido desde domingo (18/06).
Mauger, no entanto, classificou o caso como “incrivelmente complexo” e afirmou ser “muito cedo” para dizer quando a embarcação implodiu. Os restos foram localizados, por um veículo operado remotamente, no fundo do Oceano Atlântico a cerca de 500 metros da proa do Titanic por volta das 9h55 (horário de Brasília). As declarações foram dadas a jornalistas nesta quinta.
As autoridades encontraram “cinco pedaços principais de detritos” identificadas como pertencentes ao Titan. Segundo o especialista em salvamento da Marinha dos EUA, Paul Hankins, o 1º pedaço encontrado fazia parte do bico do veículo.
“Depois encontramos um grande campo de destroços. Dentro desse grande campo de destroços, encontramos a parte frontal do casco de pressão. Essa foi a 1ª indicação de que houve um evento catastrófico”, disse.
“Pouco depois, encontramos um 2º campo de detritos menor dentro desse campo de pedaços. Encontramos a outra extremidade do casco de pressão que basicamente compreendia a totalidade da câmara de pressão”, continuou.
John Mauger afirmou que as investigações sobre o incidente continuarão para estabelecer uma “linha do tempo” sobre a falha do submarino.
“Sei que há muitas perguntas sobre como, porque e quando isso aconteceu. […] Isso será, tenho certeza, o foco da analisa futura. No momento, estamos focados em documentar a cena”, afirmou.
O contra-almirante também foi perguntado sobre os ruídos detectados na 4ª feira (21.jun). Segundo Mauger, os sinais de sons não parecem ter relação com a localização no fundo do mar, onde os destroços do veículo foram encontrados.
Questionado também sobre a possibilidade de recuperar os corpos das 5 vítimas, Mauger disse não ter uma resposta. “O fundo do mar é um ambiente incrivelmente implacável”, afirmou.
Mais cedo, a OceanGate, dona do submarino, se manifestou sobre o caso. Em comunicado, havia dito acreditar que os passageiros a bordo do veículo “tristemente se perderam”.
“Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um distinto espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo. Nossos corações estão com essas 5 almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que conheciam”, disse em comunicado.



