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Guerra entre Israel e Hamas já deixou mais de 10 mil mortos e Guterres diz que “nenhum lugar é seguro”

“Nenhum lugar é seguro.” O lamento é do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ao comentar sobre os incessantes bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, que não poupam hospitais nem abrigos das Nações Unidas. O governo de Israel, entretanto, afirma que apenas ataca alvos do Hamas.

De acordo com o ministério da Saúde de Gaza, o ataque deste sábado (04/11) a uma escola provocou 15 mortes e 70 feridos. Nenhum dos números foi confirmado por fontes independentes.

Além das baixas civis, os ataques também não pouparam os reféns que foram capturados pelo Hamas após o ataque de 7 de outubro. Segundo comunicado das Brigadas Al Qasam, os bombardeios de Israel provocaram o desaparecimento de mais de 60 prisioneiros israelitas desde o início da guerra, estando ainda 23 reféns presos debaixo dos escombros.

Israel afirma que a população civil deve se deslocar para o sul do território de Gaza para estar em segurança, e abriu um corredor humanitário de três horas. No entanto, de acordo com as Forças Armadas de Israel, o corredor teria sido atacado pelo Hamas.

As Forças de Defesa de Israel (IDF/Tsahal) anunciaram neste domingo (05/11) já terem atingido mais de 2.500 alvos em Gaza desde o início da operação por terra, dentro da Faixa de Gaza, na noite de 27 de outubro.

Durante esta última noite, os combates entre as IDF e militantes do Hamas prosseguiram no norte do enclave controlado pelo Hamas, nas proximidades da Cidade de Gaza. Neste momento se aproxima o 30.° dia da contraofensiva de Israel ao ataque de 7 de outubro do Hamas, grupo palestino considerado terrorista também pela União Europeia, que deixou um rastro de mais de 1.400 mortos.

Ao mesmo tempo que a contraofensiva ao ataque terrorista de 7 de outubro prossegue em Gaza, na Cisjordânia há registo de diversas operações de Israel contra alegados membros do Hamas.

A agência palestina Wafa cita pelo menos três mortos e 46 palestinos detidos nos territórios além de Gaza, e denuncia a invasão de residências palestinas a oeste de Ramallah, além do roubo de mais de 700 oliveiras de agricultores palestinos por colonos israelitas ao sul de Nablus. Há a informação de que teria ocorrido também uma invasão israelita na mesquita de Al-Aqsa, local sagrado do Islam, em Jerusalém.

As acusações e denúncias de parte a parte são uma constante nestas últimas semanas em que os números de vítimas anunciados pelas autoridades de Israel e de Gaza já apontam para mais de 10 mil mortos: 1.400 do lado israelita, incluindo 345 soldados; e 9.488 do lado palestino apenas em Gaza, incluindo 3.900 crianças.

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