Indicador da Serasa Experian revela que o comércio teve queda de 0,2% em março

O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian apontou que as vendas do varejo físico caíram 0,2% em março deste ano em comparação com o mês anterior. “Desde o início de 2023 a atividade varejista acumula retração de 1,3% sendo o mês de março o terceiro mês consecutivo de queda”, comenta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, que explica, ainda, que a maior parte da população continua com o poder de compra reduzido e, na maioria das vezes, com os gastos, na maioria das vezes, pautados pela necessidade.

“Dois dos principais fatores que ocasionam esse comportamento nas pessoas são a inadimplência e o encarecimento de insumos, bens materiais etc. Com a taxa de juros, que se manteve em 13,75% ao ano e, ainda assim, não conseguiu frear a inflação, encorajar o consumo se torna mais desafiador e isso é sentido no fluxo de caixa das empresas brasileiras”.

A análise por setor mostrou que apenas o de materiais de construção, bem como móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, marcaram alta de 0,2% e 0,1%, respectivamente. Por outro lado, o segmento de veículos, motos e peças teve o maior tombo, registrando queda de 4,6%.

Já segunda edição da pesquisa da Proteste Associação de Consumidores intitulada “Aspectos do endividamento” apontou que 35% dos entrevistados dizem estar consumindo menos. O estudo foi realizado na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, com 500 entrevistados.

Em consequência à retomada das atividades econômicas, com a lenta superação dos efeitos da pandemia, a parcela de consumidores que afirmou estar um pouco endividada diminuiu de 54%, em 2021, para 46% em 2023. E a porcentagem de consumidores que apontou não ter dívidas passou de 27% para 32% no mesmo período.

Entretanto, os padrões antigos de consumo não foram completamente reestabelecidos. Em 2022, 24% dos entrevistados afirmaram estar consumindo menos. O levantamento também mostra que 80% dos consumidores, que têm pelo menos uma dívida em atraso, relatam que estão sendo ainda mais cobrados que o ano anterior.

Segundo a pesquisa, 38% dos entrevistados já precisaram e conseguiram renegociar uma dívida, porém, 51% desses consumidores acharam as propostas de renegociação desvantajosas. 90% apontaram os juros muito altos como uma das principais desvantagens, seguido de taxas administrativas (18%).

Fonte: Monitor Mercantil

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