O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste fim de semana que Israel deve sair imediatamente do seu “estado de loucura” e deter os ataques contra a Faixa de Gaza.
“Os crescentes bombardeios israelenses sobre Gaza, intensificados durante a madrugada, tiveram novamente como alvo mulheres, crianças e civis inocentes, agravando a crise humanitária”, afirmou Erdogan. “Israel deve sair imediatamente deste estado de loucura e acabar seus ataques”, adicionou.
Erdogan também instou a população a participar em massa do apoio à Palestina no aeroporto Ataturk de Istambul.
“Tornaremos estes apelos mais fortes e gritaremos que estamos com o povo palestino contra a opressão israelense”, adicionou.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter realizado ataques contra 150 alvos no norte da Faixa de Gaza durante este sábado (28/10).
Depois das declarações de Erdogan, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, chamou o embaixador do país na Turquia “para realizar uma reavaliação das relações com o país”. Cohen fez a declaração na rede social X, antigo Twitter, após o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, voltar a dizer que o Hamas não é uma organização terrorista e descrever Israel como “criminoso de guerra”.
Erdogan fez esse discurso em uma grande manifestação pró-Palestina que ocorreu em Istambul neste sábado e também chamou o grupo terrorista de “guerreiros da liberdade”.
O líder do Partido da Unidade Nacional, Gideon Sa’ar, postou que “Erdogan é o mesmo Erdogan e é obrigatório apresentá-lo como ele é: um patrono do Hamas, um instigador, um inimigo definitivo de Israel e um dos maiores antissemitas da nossa geração”.
“Ele sempre tentará ganhar legitimidade quando estiver em necessidade e se juntará aos nossos inimigos quando estivermos em necessidade”, continuou ele. “Eu sugeri ao ministro das Relações Exteriores que convocasse o embaixador de Israel na Turquia para consultas e eu saúdo sua decisão.”
