Lula, em Campinas, diz que “não faltará dinheiro para a educação”

O presidente Lula reiterou, nesta quinta-feira (04/07), que o governo não economizará nos investimentos em ciência, tecnologia, inovação e educação. O petista criticou aqueles que consideram que investir no sistema educacional do país representa “gasto” para os cofres públicos.

No fim da tarde, Lula teve o segundo compromisso do dia no interior de São Paulo, desta vez em Campinas (SP). O petista participou do lançamento da pedra fundamental do Projeto Orion – complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos (vírus, bactérias e parasitas que causam doenças).

“Fico imaginando como este país poderia ser muito mais poderoso do que é, se a gente acreditasse um pouco mais na nossa capacidade, se a gente não tivesse complexo de inferioridade”, disse Lula.

“A gente sempre discute neste país. Tudo o que você vai fazer custa caro. A gente não pergunta quanto custa não fazer. Quanto custou não fazer reforma agrária na década de 1950? Quanto não custou não fazer universidade para todo mundo estudar nas décadas de 1940 e 1950? Não, custa caro”, criticou o presidente da República.

“Por isso, eu disse logo na primeira reunião do governo: quando se fala em educação, não se utiliza a palavra gasto. Educação é investimento”, afirmou Lula.

Lula critica posição do mercado sobre investimento em educação

O presidente criticou o que chamou de “analistas de mercado” que “dizem que isso [investir em educação] é jogar dinheiro fora”. “É gastar dinheiro com ensino médio, pagar para aluno estudar. O que custa mais caro? Colocar esse dinheiro para garantir que ele esteja na escola ou amanhã ter que fazer mais cadeia para colocar ele na cadeia?”, indagou Lula.

“Não faltará dinheiro para a educação neste país. A educação é o oxigênio que faltou para o povo brasileiro. Educação é o passaporte que podemos garantir para o futuro deste país”, disse o presidente.

Em seu discurso, Lula afirmou, ainda, que está disposto a “discutir somente o principal” –como educação, saúde e emprego – e deixar em segundo plano temas relacionados aos costumes.

“Eu quero um país em que a gente não tire direto de ninguém. Eu não quero tirar direito de ninguém. Não quero supremacia branca neste país. Também não quero supremacia negra”, afirmou. “Quero um país que viva de forma civilizada, que tenha diversidade e saiba conviver de forma respeitosa com mais fraternidade, amor, carinho e democracia.”

Fonte: Infomoney

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