OMS pede aos países que invistam na prevenção do afogamento para proteger crianças

O afogamento causou mais de2,5 milhões de mortes na última década, com 90% dessas mortes ocorrendo em países de baixa e média renda. Em todas as faixas etárias, crianças de nove anos ou menos experimentam as maiores taxas de afogamento.

Esses números podem ser subnotificados, pois em desastres relacionados a enchentes, as mortes por afogamento são frequentemente registradas devido a outros motivos. Além disso, muitas vítimas de afogamento nunca chegam a um centro médico onde sua morte possa ser registrada.

De acordo com um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), aumentar o investimento global em duas medidas poderia salvar a vida de mais de 774.000 crianças até 2025. Além disso, poderia evitar quase 1 milhão de afogamentos não fatais de crianças e lesões graves e que limitam a vida, como lesões cerebrais, para 178.000 crianças.

O custo inicial estimado para implementar a intervenção básica de habilidades de natação e segurança na água é de US$ 16,66 para cada criança participante, enquanto a intervenção na creche custa US$ 26,34 por criança participante.

No entanto, o aumento dos gastos poderia evitar mais de US$ 400 bilhões em custos econômicos potenciais de morte prematura e morbidade em países de baixa e média renda com alto índice de afogamento.

“Ao implementar medidas preventivas eficazes, aumentar os investimentos e promover a conscientização, podemos salvar inúmeras vidas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.

A OMS está lançando a Aliança Global para Prevenção de Afogamento, na qual uma rede de parceiros coordenará e ampliará os esforços para prevenir mortes por afogamento, alinhada com as prioridades da OMS.

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