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Prévia da inflação de julho desacelera e fica em 0,3%

O IPCA-15, considerado prévia da inflação, de julho desacelerou e ficou em 0,3%, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira. Os preços dos alimentos cederam, mas os custos com transporte continuaram a pressionar o indicador, especialmente as passagens aéreas. A alta da gasolina, refletindo o reajuste da Petrobras nas refinarias, também freou uma desaceleração maior.

Apesar da desaceleração em julho, em 12 meses, o índice acumula alta de 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses anteriores.

Com o avanço em 12 meses, a alta no período está quase no teto da meta de inflação para o ano, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Em julho de 2023,o IPCA-15 a taxa foi de -0,07%.

O grupo Alimentação e bebidas, que vinha puxando a inflação nos últimos meses, teve queda de 0,44% em julho. Houve retração na alimentação em casa (- 0,70%) e um crescimento mais lento das refeições fora do domicílio (alta de 0,25% frente ao aumento de 0,59% no mês anterior.

Grupo Transportes impactou no resultado da inflação

O grupo Transportes avançou 1,12%, com salto das passagens aéreas de 19,21%. Os combustíveis também avançaram: gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) embora o gás natural veicular (GNV) tenha recuado 0,25%.

A alta da gasolina reflete o reajuste da Petrobras a partir de 9 de julho nas refinarias. O aumento já chegou aos postos. De acordo com pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada nesta quarta-feira, o valor médio do litro da gasolina passou de R$ 5,97, na semana entre os dias 7 e 13, para R$ 6,13, na semana passada. É uma alta de 2,68%. É ainda o maior patamar desde setembro do ano passado.

O grupo Habitação subiu 0,49%, influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial (1,2%). Em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos.

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA (que mede a inflação oficial do país). A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 15 de junho a 15 de julho de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de maio a 14 de junho de 2024.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Fonte: O Globo

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