Em junho de 2023, a produção industrial nacional variou 0,1% frente a maio, na série com ajuste sazonal. Foi o que revelou a Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta terça-feira (1º/08) pelo IBGE. Segundo a pesquisa, em relação a junho de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve variação de 0,3% na produção industrial brasileira, segunda taxa positiva consecutiva, mas menos intensa do que a verificada em maio último (1,9%).
No ano, a indústria acumula taxa negativa (-0,3%) frente a igual período de 2022, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses foi de 0,1%. Somente uma das quatro grandes categorias econômicas e 7 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram crescimento na produção. Entre as atividades, a maior influência positiva veio de indústrias extrativas, que avançou 2,9% nesse mês.
Outras contribuições positivas vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%), de produtos de borracha e de material plástico (1,2%) e de produtos de metal (1,2%).
Por outro lado, entre as 16 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,0%) e máquinas e equipamentos (-4,5%) exerceram os principais impactos em junho de 2023. A primeira interrompe quatro meses consecutivos de alta, período em que acumulou ganho de 14,4%. Já as duas últimas eliminam parte dos avanços do mês anterior: 7,2% e 12,6%, respectivamente.
Vale destacar também os recuos assinalados pelos ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,9%), de couro, artigos para viagem e calçados (-6,8%), de outros equipamentos de transporte (-5,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%) e de produtos alimentícios (-0,2%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês anterior, bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) apontou a única taxa positiva em junho de 2023 e eliminou parte do recuo de 1,1% registrado no mês anterior.
Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis (-4,6%) assinalou a queda mais intensa nesse mês, após avançar 9,4% em maio último. Os segmentos de bens de capital (-1,2%) e de bens intermediários (-0,3%) também mostraram resultados negativos em junho de 2023, com o primeiro voltando a recuar após crescer 4,1% no mês anterior; e o segundo marcando o primeiro resultado negativo desde janeiro último (-0,8%).
Média móvel trimestral varia -0,1% no trimestre encerrado em junho
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em junho de 2023 frente ao nível do mês anterior, interrompendo, dessa forma, a sequência de resultados positivos assinalados em maio (0,3%), abril (0,1%) e março (0,2%) últimos.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-3,3%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em junho de 2023, após registrar variação nula (0,0%) em maio e recuo de 1,5% em abril. O setor produtor de bens de consumo duráveis (-0,3%) também apontou queda nesse mês, após avançar 2,1% em maio último, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2023.
Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) mostrou o único resultado positivo em junho de 2023, voltando a crescer após recuar 0,3% no mês anterior. O setor produtor de bens intermediários assinalou variação nula (0,0%) nesse mês e interrompeu três meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou ganho de 1,4%.
Frente a junho de 2022, produção industrial cresceu 0,3%
Ante igual mês do ano anterior, o setor industrial teve acréscimo de 0,3% em junho de 2023, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 8 dos 25 ramos, 34 dos 80 grupos e 41,7% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que junho de 2023 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, as principais influências positivas na indústria vieram de indústrias extrativas (11,0%), produtos alimentícios (4,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%). Vale destacar também as contribuições positivas de impressão e reprodução de gravações (23,7%) e de outros equipamentos de transporte (10,1%).
Por outro lado, ainda frente a junho de 2022, entre as 17 atividades em queda, produtos químicos (-9,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,0%), máquinas e equipamentos (-7,3%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,6%) exerceram as maiores influências na média da indústria.
Outros impactos negativos importantes foram assinalados por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,5%), produtos de minerais não metálicos (-5,7%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-10,5%) e produtos de madeira (-12,3%).
Fonte: Agência IBGE
