
Rússia quer que conflito na Ucrânia termine logo, diz ministro de Putin em visita ao Brasil
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta segunda-feira (17/04), durante visita ao Brasil, que o governo do presidente Vladimir Putin deseja que o conflito na Ucrânia termine o mais rápido possível.
Em entrevista à imprensa, Lavrov, acompanhado do seu colega brasileiro, ministro Mauro Vieira, agradeceu ao Brasil por sua “compreensão da origem da situação na Ucrânia” e disse que a Rússia tem “interesse” em que o conflito termine o mais rápido possível.
A Rússia disse repetidamente que qualquer solução para o conflito deve reconhecer as “realidades” de sua anexação unilateral de quatro províncias ucranianas, que suas Forças Armadas controlam parcialmente.
O governo Putin afirma que foi forçado a intervir na Ucrânia em fevereiro do ano passado para defender os falantes de russo da perseguição e impedir que o Ocidente usasse a Ucrânia para ameaçar a segurança da Rússia.
Já o governo ucraniano e diversos países do Ocidente dizem que esses são pretextos infundados para uma guerra de conquista na qual milhares foram mortos e cidades ucranianas foram devastadas.
Posição brasileira
Na entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu que o Brasil se posicione a favor “do cessar fogo imediato, do direito humanitário e da paz duradoura”, na guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
“Renovei a disposição brasileira em contribuir com uma solução pacífica para o conflito, recordando as manifestações do presidente Lula em fazer um grupo de países amigos para manifestar a paz no Leste Europeu”, explicou o ministro.
O chanceler brasileiro também criticou as sanções aplicadas ao governo russo em razão do conflito no Leste Europeu. As forças do Kremlin invadiram o território ucraniano em fevereiro do ano passado, em uma guerra que impactou severamente o cenário global.
“Reiterei a posição brasileira contra a aplicação de sanções unilaterais. Tais medidas, além de não contarem com a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, tem impacto negativo sobre as economias de todo mundo, em especial, dos países em desenvolvimento”, prosseguiu.



