Taxa de desocupação cai e fecha trimestre encerrado em outubro em 7,6%

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior contingente desde janeiro de 2015, quando registrou 37,5 milhões. Esse número representa um crescimento de 1,6% (mais 587 mil) em comparação com o tri anterior e uma alta de 3% (adição de 1,1 milhão de pessoas) no comparativo interanual.

Já o número de trabalhadores por conta própria foi de 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% (mais 317 mil) frente ao trimestre anterior. O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável e fechou em 13,3 milhões. “Isso mostra que tanto empregados como trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, resume Beringuy.

A pesquisa mostra que o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas), a dos empregadores (4,2 milhões de pessoas) e a dos empregados no setor público (12,1 milhões de pessoas) ficaram estáveis tanto na comparação trimestral quanto na interanual.

No recorte dos grupamentos de atividades investigados pela PNAD Contínua, o único grupo com crescimento entre os trimestres foi Transporte, armazenagem e correio, que apresentaram expansão de 3,2%, ou mais 172 mil pessoas. “As atividades, de modo geral, retiveram trabalhadores, sendo observado crescimento significativo no grupo de Transportes, armazenagem e correio”, salienta a pesquisadora.

Na comparação interanual, entretanto, houve alta em Transporte, armazenagem e correio (5,4%, ou mais 283 mil pessoas), Alojamento e alimentação (7%, ou mais 365 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,2%, ou mais 508 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou mais 439 mil pessoas). E apenas uma redução, em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4%, ou menos 351 mil pessoas).

Rendimento segue crescendo e tem alta nas duas comparações

O rendimento médio real foi estimado em R$2.999, um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado. Uma das explicações, de acordo com Beringuy, é a expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, posição na ocupação normalmente com rendimentos maiores. “Ou seja, a leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com um aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio”, conclui.

Acompanhando o aumento do rendimento médio, a massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, ao ser estimada em R$ 295,7 bilhões. Frente aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,6%. Na comparação com o trimestre encerrado em outubro de 2022, uma expansão de 4,7%.

Taxa de subutilização fica em 17,6% no trimestre encerrado em outubro

A PNAD Contínua também mostrou que a taxa composta de subutilização ficou em 17,6% no trimestre encerrado em outubro de 2023, uma queda de 2,5 p.p. ante o mesmo trimestre de 2022. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando fechou em 17,4%. Dessa forma, a população subutilizada ficou em 20,1 milhões de pessoas, um recuo de 14% frente ao mesmo período de 2022. Já a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas foi de 5,3 milhões, queda de 14% no ano. A população fora da força de trabalho, por sua vez, foi de 66,8 milhões, um crescimento de 3,2% (mais 2,1 milhões) ante o mesmo tri de 2022.

Já a população desalentada foi de 3,5 milhões, queda de 4,6% ante o trimestre anterior e 17,7% no ano, sendo o menor contingente desde o trimestre encerrado em setembro de 2016, quando foi de 3,5 milhões. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada foi de 3,1%, queda nas duas comparações (0,2 p.p. no trimestre e 0,6 p.p. no ano) e é a menor taxa desde o trimestre encerrado em julho de 2016, quando também marcou 3,1%.

Fonte: Agência IBGE

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