* Por Célia Ladeira
Apesar de a diplomacia brasileira ter tentado até o último minuto aprovar alguma resolução que imponha regras à guerra entre Israel e Palestina, o Brasil deixa a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sem lograr êxito. Outubro foi um mês em que os diplomatas brasileiros viraram dias e noites tentando um consenso. Cabe ao Conselho de Segurança intervir em caso de choque entre países e impor o respeito as regras.
São normas que os países aceitam quando se inscrevem como membros da ONU. As regras de uma guerra fazem parte do Direito Internacional Humanitário, e estipulam o que pode e o que não pode ser feito durante um conflito armado. As Convenções de Genebra e os seus Protocolos Adicionais são a essência desse conjunto de normas. Elas estabelecem limites para a guerra, oferecendo proteção aos civis e definem os parâmetros do que se considera aceitável ou não no campo de batalha e fora dele.
Enquanto o Conselho de Segurança tentava hoje impor um último protocolo, o presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, telefonou ao primeiro-ministro Benjamim Netanyahu, de Israel, pedindo atenção para as regras que amparam os direitos dos habitantes civis. Regras que o governo de Israel não obedece;
Os ataques de Israel atingem as casas dos moradores, destroem prédios, impedem a entrada de alimentos, água e remédios, atingem hospitais. Bombardeiam dia e noite a região da Faixa de Gaza, onde se concentram os moradores.
Todos os civis devem ser protegidos e respeitados. Esta é a norma principal. O número de civis palestinos mortos já chega a oito mil pessoas.
* Célia Ladeira é jornalista, professora universitária e PhD em Comunicação
