
Alckmin chega ao Rio Grande do Sul com comitiva de ministros para visitar cidades atingidas por ciclone
O vice-presidente Geraldo Alckmin chegou ao Rio Grande do Sul na manhã deste domingo (10/09). Acompanhado de oito ministros do governo federal, Alckmin deve visitar cidades atingidas pelas enchentes causadas pela passagem de um ciclone extratropical pelo estado. Até domingo, 43 mortes haviam sido confirmadas.
Alckmin, que é presidente em exercício devido a ida de Lula à Índia, deve passar pelas cidades de Roca Sales e Arroio do Meio. O presidente em exercício e os ministros pretendem se reunir com prefeitos da região e com representantes do governo gaúcho. Durante a visita, novas medidas de apoio às pessoas atingidas devem ser anunciadas.
Além do presidente em exercício, participam da comitiva sete ministros:
– José Múcio, Ministro da Defesa;
– Nísia Trindade, Ministra da Saúde;
– Waldez Góes, Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional;
– Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
– Paulo Pimenta, Ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República;
– Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social;
– Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
– Jader Filho, Ministro das Cidades.
Na última sexta, Alckmin anunciou um repasse para as prefeituras de cidades atingidas pelo fenômeno natural. O valor é de R$ 800 por pessoa atingida, para que os municípios possam auxiliar no atendimento a essa população.
O repasse de R$ 800 será feito por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, mas o governo não informou o montante total. O valor será definido a partir das informações repassadas pelas prefeituras. O credenciamento das pessoas afetadas começou na última sexta (8).
Repasse do Ministério do Desenvolvimento
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, um dos participantes da comitiva ao RS, anunciou neste domingo o repasse de R$ 239 milhões às cidades afetadas. O dinheiro deve ser usado para fornecimento de alimentos e de serviços socioassistenciais.
Do total, R$ 56,6 milhões devem ser destinados à rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), ao Auxílio Abrigamento e ao fornecimento de cestas de alimento, divididos da seguinte forma:
– R$ 15 milhões em repasses aos municípios para serviços, por meio da Rede SUAS, de psicólogos e de assistentes sociais, além de auxiliar com documentação para quem perdeu os documentos. Esses profissionais já estão atuando, por exemplo, no amparo às famílias das vítimas durante os velórios coletivos;
– R$ 6 milhões de Auxílio Abrigamento para que os municípios possam atender, de forma emergencial, as pessoas que ficaram desabrigadas (o MDS disponibiliza, a cada grupo de 50 pessoas, R$ 20 mil ao município para despesas de alojamento, alimentação, abrigo e provisões materiais, conforme as necessidades detectadas. O cálculo considera o valor de R$ 800 por pessoa, pago em duas etapas. São 50% mediante apresentação dos beneficiados, e outros 50% após a conferência e os procedimentos necessários. O município afetado informa quantas pessoas precisam ser atendidas de maneira emergencial e solicita o recurso. A partir desses dados, o MDS faz a transferência para o município);
– R$ 15 milhões para o envio de 20 mil cestas de alimentos, kits de alimentação e apoio a cozinhas solidárias;
– R$ 4,6 milhões para o Fomento Rural, que destina R$ 4,6 mil por família em recursos não reembolsáveis para estruturação de projetos produtivos, atendendo famílias pobres rurais nos municípios atingidos pelas chuvas intensas;
– R$ 16 milhões em transferência fundo a fundo para municípios, valor destinado a um custeio extra para o funcionamento da Rede SUAS e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.



