
Argentina registra inflação de 25% em dezembro e índice anual de 211,4%
A Argentina registrou uma inflação anual de 211,4% em 2023, a maior variação de preços relatada pelo país desde 1990, informou quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O país reportou em dezembro um aumento nos preços de bens e serviços de 25,5%, no primeiro mês do mandato governamental do presidente Javier Milei, que tomou posse em 10 de dezembro.
O percentual é o dobro do apurado em novembro (12,8%). Nos 12 meses encerrados em novembro de 2023, a inflação da Argentina alcançou 160,9%. Com Milei, a alta anual foi de 50,5 pontos. Analistas preveem números bem piores para a inflação na Argentina em janeiro, depois da alta do dólar e dos aumentos generalizados, especialmente em combustíveis, tarifas e alimentos.
Ao longo de 2023, as rubricas que sofreram maior impacto foram a alimentação e as bebidas não alcoólicas, cujos valores aumentaram 251,3%, seguidas dos equipamentos domésticos e manutenção com preços que aumentaram 231,7%, enquanto os da saúde subiram 227,7%.
Especificamente sobre a inflação na Argentina de dezembro, os setores que registaram um forte aumento foram a saúde (32,6%), os transportes (31,7%) e a alimentação e bebidas não alcoólicas (29,7%), enquanto os bens e serviços diversos sofreram aumentos de 32,7% no último mês de 2023.
Segundo análise do Indec, as regiões da Argentina que tiveram maior impacto inflacionário em 2023 foram o Nordeste, seguida pela região dos Pampas. A Grande Buenos Aires, que concentra a capital federal, registrou inflação de 210,1%.
Desde a sua posse como presidente, em 10 de dezembro, o presidente Javier Milei afirmou que a inflação continuará em níveis elevados durante 2024. Recentemente, o presidente previu que os próximos meses serão de “inflação com números horríveis” para a Argentina.
Fonte: Monitor Mercantil



