* Por Célia Ladeira
Desta vez, os acordos foram realizados entre a autoridade israelense, o presidente Netanyahu, e representantes do Hamas, tudo encaminhado pelos diplomatas do governo do Catar. Conforme foi noticiado pela mídia Internacional, o acordo prevê a soltura de reféns de ambos os lados, além de tréguas permanentes de quatro em quatro dias, por parte de Israel.
O responsável por unir as pontas do acordo foi o emirado árabe do Catar, um país que aprendemos a conhecer na Copa do Mundo de Futebol de 2022. Um país famoso por arranha-céus futuristas e altíssimos da cidade de Doha, a capital, e pelo longo litoral repleto de praias e dunas. Governado por um emirado hereditário, da família Thani, o Catar possui as maiores reservas de gás natural do mundo. A prosperidade econômica do país começou com a extração e exportação de petróleo e de gás natural.
É uma aliança que vale a pena ser cultivada. Com certeza tanta riqueza pesou nas conversações de paz promovidas pelo Catar junto a Israel e ao Hamas. Na paisagem devastada e destruída da Palestina as imagens de um país tão desenvolvido como o Catar pode produzir o sonho de um futuro melhor.
Se outros acordos de paz conduzidos por países ocidentais e distantes da região palestina não conseguiram promover uma relação de paz e respeito entre judeus e palestinos, quem sabe os ideais de um futuro menos espinhoso possam alimentar os sonhos dos moradores de Gaza e de Israel. Por isso, vale a pena acreditar na iniciativa atual.
* Célia Ladeira é jornalista, professora universitária e PhD em Comunicação
