Artigo de Policarpo Castro – O impacto negativo das selfies na saúde mental: um problema de saúde pública

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As selfies, autorretratos digitais que ganharam popularidade massiva com a ascensão das redes sociais, tornaram-se uma parte intrínseca de nossa cultura digital moderna. No entanto, sua prevalência tem sido cada vez mais vista com preocupação por profissionais de psicologia e saúde mental, que apontam para o potencial de problemas associados a essa prática, como a obsessão pela aceitação social e o impacto na autoestima.

Este artigo tem como objetivo explorar os efeitos negativos das selfies na saúde mental, um problema que tem ganhado status de preocupação de saúde pública. Vamos examinar as evidências disponíveis, discutir as implicações e fornecer uma análise baseada em pesquisas sobre o tema.

Na era digital, a pressão social para apresentar uma imagem perfeita nas redes sociais é intensa. Segundo um estudo, um terço das jovens relataram sofrer com essa pressão, levando a uma diminuição da autoestima.

Essa obsessão pela aparência perfeita pode levar ao desenvolvimento de transtornos de imagem corporal. Como resultado, muitas pessoas estão optando por procedimentos estéticos para melhorar sua aparência em selfies, conforme indicado por um estudo da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos.

Além disso, o foco excessivo na imagem pode levar a uma distorção da realidade, onde a vida pública apresentada não condiz com a realidade, causando ainda mais danos à autoestima e ao bem-estar mental. É essencial, portanto, promover uma relação mais saudável com as redes sociais e a autoimagem.

O fenômeno de comparação constante nas redes sociais tem um impacto significativo na saúde mental. As plataformas de mídia social, como o Instagram, oferecem um terreno fértil para criar uma falsa realidade que pode influenciar negativamente as percepções de si mesmo.

Um estudo de Tromholt revelou que fazer uma pausa do Facebook melhora dois aspectos do bem-estar: a satisfação com a vida e a frequência de emoções positivas. Por outro lado, Vannucci et al destacaram que a correlação entre o uso de mídias sociais e a saúde mental prejudicada tem implicações importantes para os profissionais de saúde.

Essas descobertas sugerem que a detoxificação das redes sociais pode ser benéfica para a prevenção de recaídas e autocuidado. Portanto, é essencial que todos estejamos cientes dos possíveis efeitos nocivos da comparação social e adotemos uma abordagem equilibrada e consciente ao usar as redes sociais.

Para combater os efeitos negativos das selfies na saúde mental, é essencial promover o aumento da autoestima de maneira saudável e equilibrada. Aqui estão algumas sugestões de atividades e práticas:

  1. Desconexão das redes sociais: É importante fazer pausas regulares das redes sociais para se concentrar em hobbies e interesses pessoais. Isso pode melhorar a autoestima e reduzir a comparação social prejudicial.
  2. Desenvolvimento de hobbies e interesses pessoais: Atividades criativas, esportes ou voluntariado podem ajudar a aumentar a autoestima e oferecer uma alternativa saudável para a obsessão com as selfies.

De acordo com especialistas e terapeutas, como Rebeca Gómez, é fundamental encontrar um equilíbrio entre o mundo online e offline para uma saúde mental positiva. Uma autoestima saudável pode ser desenvolvida através do uso de fortalezas pessoais para aumentar o bem-estar, conforme destacado na psicologia positiva.

Em suma, aumentar a autoestima é uma alternativa eficaz para combater o impacto negativo das selfies na saúde mental.

A crescente cultura das selfies está moldando as expectativas e comportamentos dos jovens em nossa sociedade de maneiras preocupantes. Com a disseminação das redes sociais, os adolescentes se veem constantemente sob pressão para atender a padrões de beleza e sucesso muitas vezes inalcançáveis, criando sentimentos de inadequação e alienação.

Essas plataformas de mídia social, embora possam ser ferramentas úteis para a conexão e expressão pessoal, também desempenham um papel significativo na criação e manutenção dessa cultura nociva.

Portanto, é crucial que adotemos uma abordagem mais crítica em relação às selfies. Precisamos ensinar aos nossos jovens sobre a importância da autoaceitação e estabelecer limites saudáveis ​​em relação ao uso das redes sociais. Ao fazer isso, podemos ajudar a mitigar os efeitos prejudiciais desta cultura da selfie na saúde mental de nossos jovens.

Para resumir, este artigo discutiu os efeitos negativos das selfies na saúde mental, destacando a importância do equilíbrio no uso das redes sociais. A crescente “cultura selfie” pode ter impactos prejudiciais na imagem corporal e autoestima dos adolescentes, levando a problemas como obsessão pela aparência física e comparação constante com outros.

É crucial aumentar a conscientização sobre esses efeitos potencialmente negativos. Como sociedade, precisamos promover a saúde mental e incentivar práticas saudáveis de uso das redes sociais. Isso pode ser feito através da promoção da autoaceitação e definição de limites no uso das redes sociais, como sugerido pela TheOneSpy.

Em conclusão, é essencial buscar um equilíbrio saudável no uso de redes sociais e priorizar a saúde mental. Afinal, como já dizia o ditado, “demais é veneno”.

Artigo : Policarpo Castro

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