ARTIGO – “E a Turquia?”, por Célia Ladeira

* Por Célia Ladeira
De repente a Turquia saiu do noticiário. Os terremotos não pararam, os prédios antigos continuaram a cair, mas outras catástrofes mundiais substituíram a tragédia turca nas manchetes de jornais e de televisão. O terremoto de 2023, cujos tremores foram considerados os mais letais da história turca, deixou um número enorme de mortes, 42 mil e trezentas pessoas perderam a vida e um número ainda maior de turcos perdeu suas casas.

No Brasil, o dia a dia nas redações impôs sua rotina de quedas ou subidas de bolsas de valores, aumentos ou baixas de preços de combustíveis. O noticiário policial retornou implacável na busca dos pequenos dramas diários. Viraram rotina as mortes por afogamento no Mediterrâneo, porque muitos africanos ainda preferem fugir dos seus países e arriscar a vida nas travessias em barcos frágeis.

A guerra entre Rússia e Ucrânia completa um ano sem sinal de paz. Os países do G-20 não conseguiram aprovar alguma resolução para pôr fim à guerra. Outros desastres aconteceram e a Turquia ficou esquecida.

O país está perdendo seu posto de sexto país mais visitado do mundo. A Igreja de Santa Sofia, em Istambul, construída entre os anos de 532 e 577, continua sendo a maior atração dos visitantes, com seu prédio de estilo bizantino.

E para os que não se arriscam a visitar o país, resta a busca de novelas e filmes turcos, com grande número de seguidores no Brasil,

São filmes que desnudam a alma turca, sentimental e sensível, um cinema que conta histórias de personagens muito humanos. Muitos filmes já foram premiados nos festivais de cinema.

*  Célia Ladeira é jornalista, professora universitária e PhD em Comunicação

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