Política

Bolsonaro ingressou com queixa-crime por calúnia contra o hacker Walter Delgatti

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu entrada com uma queixa-crime por calúnia contra o hacker Walter Delgatti Neto. O documento foi assinado, na última sexta-feira (25/08), pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Saulo Lopes Segall, Daniel Bettamio Tesser, Fábio Wajngarten, Thais de Vasconcelos Guimarães, Clayton Edson Soares e Bianca Capalbo Gonçalves de Lima.

Em seu depoimento, Delgatti disse que o ex-presidente pediu para que ele assumisse a autoria de um grampo que teria sido realizado contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na queixa-crime, os advogados acusam o hacker de calúnia por imputar falsamente a Bolsonaro o crime de interceptação telefônica.

Segundo a defesa, durante o depoimento à CPMI do 8 de janeiro, o hacker, “ciente da manifesta falsidade da imputação” contra Bolsonaro, “imputou falsamente o delito de realizar interceptação telefônica ou telemática sem autorização judicial”.

Eles destacam que a acusação foi feita “na presença de inúmeras pessoas e restou divulgada por meio da imprensa, rádio, televisão e internet, o que facilitou, assim, sobremaneira a sua propagação”.

“À luz de todo o expendido, requer seja recebida e autuada a presente queixa-crime, determinando-se a citação do Querelado [hacker] para ser devidamente interrogado, regularmente processado e ao final condenado como incurso no crime insculpido no artigo 138 (calúnia) do Código Penal”, concluem os advogados

Segundo o hacker, o pedido para assumir um grampo de Moraes teria sido feito por Bolsonaro via telefone quando ele encontrou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) em um posto de combustível na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo.

De acordo com Delgatti, a parlamentar pegou um celular novo, inseriu um chip que ele acredita nunca ter sido utilizado, e o ex-chefe do Executivo entrou em contato.

“Nisso, eu falei com o presidente da República e, segundo ele, eles haviam conseguido um grampo – que era tão esperado à época – que era do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, esse grampo foi realizado já, teria conversas comprometedoras do ministro e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”, disse o hacker.

Fonte: CNN

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