Dezenas de caminhões carregados de ajuda humanitária incluindo combustível, entraram neste domingo (26/05) na Faixa de Gaza a partir do Egito. Os veículos utilizaram a passagem de Kerem Shalom, controlada por Israel.
Os caminhões, cada um carregado com cerca de 20 toneladas de alimentos, bem como quatro caminhões-cisterna, começaram a entrar já na madrugada, a partir de território egípcio, no corredor que conduz a Kerem Shalom. Essa passagem é inspecionada por Israel, como afirmaram fontes de segurança e do Crescente Vermelho egípcio.
É a primeira vez que o Egito envia ajuda a Gaza desde que Israel tomou o lado palestino da passagem de Rafah, no sul do enclave que faz fronteira com a Península do Sinai, há 20 dias.
A estação de televisão egípcia Al Qahera News, próxima dos serviços secretos do país norte-africano, difundiu imagens de dezenas dos veículos em fila em território egípcio antes de se deslocarem para Kerem Shalom, assim como de “quatro caminhões-cisterna com combustível à entrada da passagem”.
A agência espanhola EFE confirmou a existência de quatro caminhões-cisterna e 80 caminhões com alimentos, não excluindo que, ao longo do dia, o número de caminhões enviados para Kerem Shalom possa atingir entre 200 e 300.
“Os caminhões, cada um com 15 a 20 toneladas de alimentos, serão entregues às Nações Unidas no lado palestino”, disse à EFE uma fonte egípcia, que pediu para não ser identificada.
Dezenas de caminhões ainda retidos no Egito
Centenas de caminhões de ajuda humanitária, a maior parte deles carregados de alimentos, estão retidos no Egito sem poderem entrar na Faixa de Gaza desde 07 de maio, quando Israel assumiu o controle do lado palestino da passagem de Rafah, por onde entra a maior parte da ajuda a Gaza.
O envio de ajuda do Egito ocorre em um momento no qual o Egito, juntamente com os Estados Unidos e o Qatar, mediadores do conflito entre Israel e o Hamas, se preparam para iniciar uma nova ronda de negociações indiretas para alcançar a trégua em Gaza. Essa negociação envolve a permissão para a troca de reféns por prisioneiros palestinos e a entrada de quantidades suficientes de ajuda na Faixa de Gaza.
Um monitor global da fome alertou para a fome iminente em partes de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
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Fonte: Agências internacionais
