Cirurgia de hérnia de Benjamin Netanyahu nesta 2ª foi bem-sucedida, diz hospital

Benjamin Netanyahu acusou o Hamas de "endurecer" as suas posições nas negociações por trégua

A cirurgia de hernia do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi finalizada nesta segunda-feira (1º/04). Segundo o Centro Médico Hadassah, em Jerusalém, o premiê está consciente e conversando com familiares após um procedimento “bem-sucedido”.

O hospital acrescentou que Netanyahu está se recuperando, mas não especificou quanto tempo isso pode levar.

Durante este período, o vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça, Yariv Levin, servirá como primeiro-ministro interino.

Neste domingo (31/03), dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Jerusalém para uma manifestação contra o governo de Netanyahu. Os israelenses protestaram contra a liberação do serviço militar concedida a judeus ultraortodoxos, em cenas que remetem aos protestos em massa realizados no ano passado.

Benjamin Netanyahu faz novas acusações ao Hamas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (31/03) que o grupo terrorista Hamas está “endurecendo” seu posicionamento nas negociações por uma trégua na Faixa de Gaza.

“Enquanto Israel demonstra flexibilidade durante as negociações, o Hamas está endurecendo as suas posições”, disse Netanyahu, reforçando dificuldades também para a troca de reféns israelenses por palestinos detidos nas penitenciárias de Israel.

A fala do primeiro-ministro ocorreu em um contexto de intensas negociações sobre um cessar-fogo no território palestino que se estendem desde dezembro de 2023.

A ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza iniciou em outubro do ano passado, após terroristas do Hamas invadirem o território israelense, matarem e sequestraram diversas pessoas.

Em declaração a jornalistas neste domingo, Netanyahu também anunciou mais uma ofensiva em Rafah, região no Extremo Sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. “Iremos para Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas por uma razão simples: não há vitória sem entrar em Rafah e não há vitória sem eliminar os batalhões do Hamas lá”, declarou o primeiro-ministro.

A região de Rafah é considerada o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de pessoas — quase toda a população da Faixa de Gaza.

Ao tratar da ofensiva, Netanyahu afirmou que o objetivo é “criar condições de segurança” para que milhares de israelenses “arrancados de casa” possam retornar.

“Prefiro, se possível, fazer isso por meios diplomáticos. Mas, senão, faremos por meios diferentes. Prefiro não compartilhar detalhes operacionais ou de cronograma com nossos inimigos”, concluiu.

Protestos gigantescos neste domingo

Uma multidão calculada em dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Jerusalém neste domingo (31/03) para uma manifestação contra o governo do primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu e contra isenções do serviço militar concedidas a homens judeus ultraortodoxos, em cenas que remetem aos protestos em massa realizados no ano passado.

Grupos de protesto, incluindo alguns que lideraram as manifestações que abalaram Israel em 2023, organizaram a manifestação em frente ao Parlamento, o Knesset, reivindicando uma nova eleição para substituir o governo.

Os manifestantes também pediram participação mais igualitária na obrigatoriedade do serviço militar. Cerca de 600 soldados foram mortos até agora desde o ataque do Hamas em 7 de outubro e a guerra que se seguiu em Gaza, o maior número de vítimas militares em anos.

O veículo N12 News de Israel disse que esta pareceu ser a maior manifestação desde o início da guerra. Os sites de notícias Haaretz e Ynet disseram que o protesto atraiu dezenas de milhares de pessoas.

O gabinete de Netanyahu tem enfrentado críticas generalizadas sobre a falha de segurança na ocasião do ataque do Hamas no sul de Israel, quando cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns e levadas para Gaza.

“Este governo é um fracasso total e absoluto”, disse Nurit Robinson, de 74 anos. “Eles nos levarão ao abismo.”

Tentativa de fechar a Al Jazeera

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, retomou nesta segunda-feira as iniciativas para fechar a rede de televisão por satélite do Catar Al Jazeera em Israel, dizendo, por meio do porta-voz de seu partido, que o Parlamento seria convocado à noite para ratificar a lei necessária.

Depois disso, Netanyahu “tomará medidas imediatas para fechar a Al Jazeera, de acordo com o procedimento estabelecido na lei”, informou comunicado do partido Likud. Israel já havia acusado o canal de trabalhar com o Hamas na guerra de Gaza.

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Fonte: CNN

 

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