A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou indicações para as embaixadas do Brasil no exterior. O nome escolhido pelo governo para a representação na Irlanda foi o do diplomada Flávio Macieira. Ao longo da carreira, ele serviu na embaixada da Nicarágua, Noruega e Paramá. Durante a sabatina, Flávio Macieira disse que vai trabalhar para apoiar os quase 60 mil brasileiros que vivem na Irlanda.
Flávio Macieira: “Terão evidentemente, e têm tido, as maiores atenções de parte da embaixada, da maneira que for legal e possível, e aí vamos trabalhar sempre juntos, com diálogo, com abertura, com debate e com muita presença em favor dessa comunidade presente na Irlanda.”
A relatora da indicação, senadora Teresa Cristina, do Progressitas de Mato Grosso do Sul, afirmou que Flávio Macieira atende aos requisitos para servir no país europeu. Para ela, o desafio da diplomacia será o de melhorar a imagem da agricultura brasileira.
Teresa Cristina: “Os irlandeses hoje são muito céticos e criticam muito a agricultura brasileira. Nós precisamos melhorar essa relação entre o Brasil e a Irlanda. E eu me coloco aqui à disposição do embaixador Flávio para que aí na sua passagem pela embaixada, que a gente possa intensificar essa nossa relação bilateral.”
Flávio Helmold Macieira nasceu em Niterói, em 1952. Formado em direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), ingressou na carreira diplomática em 1977 e concluiu o Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco em 1998. Em 2002, concluiu mestrado em relações internacionais pela Universidade da Cidade de Dublin, na Irlanda.
No Brasil, o diplomata atuou como subchefe e chefe substituto da Divisão de Comércio Internacional e da Divisão de Política Comercial; como assessor da Divisão das Nações Unidas; e como consultor internacional da Coordenadoria do Metrô de Brasília.
No exterior, serviu nas embaixadas no Iraque, na Espanha, França, na Irlanda e na Suíça. Como embaixador, atuou na Nicarágua, entre 2008 e 2012; na Noruega, de 2012 a 2016; e no Panamá, entre 2016 e 2018.
Os senadores também aprovaram o nome de Marcel Biato para a embaixada nos países asiáticos Cazaquistão, Quirguistão e no Turcomenistão. O relator, senador Esperidião Amin, do Progressistas catarinense, ressaltou a sua passagem pelo Consulado Geral em Berlim e pela ONU. Além de representar o Brasil da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena, Biato também serviu na embaixada na Irlanda.
Comissão aprova embaixador para Noruega e Islândia
A última indicação aprovada na CRE foi a do diplomata Rodrigo de Azeredo, para o cargo de embaixador na Noruega e Islândia. Além de desempenhar funções em Moscou e Buenos Aires, foi embaixador no Irã e na Dinamarca. Os nomes dos indicados precisam ser confirmados pelo Plenário do Senado. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.
Nascido em 1966, Rodrigo de Azeredo Santos tem graduação em economia e em ciências políticas. Concluiu mestrado em diplomacia e relações internacionais, em 1990, e ingressou no Itamaraty em 1992.
Entre as funções desempenhadas na carreira diplomática, atuou nas embaixadas do Brasil em Moscou, Washington, Buenos Aires e Londres. Em 2003, foi assessor especial de Assuntos Federativos e Parlamentares. Também foi embaixador brasileiro em Teerã, no Irã entre 2017 e 2020; e em Copenhague, na Dinamarca, entre 2020 e 2024.
Na sabatina na comissão, Santos destacou que a Noruega foi convidada para participar das reuniões do G20, grupo das economias mais importantes do mundo e que está sendo presidido pelo Brasil neste ano. Segundo ele, o país nórdico é um “facilitador de diálogo” e compartilha valores com o Brasil em relação à política internacional.
“Uma característica também é a semelhança dos nossos princípios, digamos assim, de política externa: comprometimento com o multilateralismo, o comprometimento com a solução pacífica de conflitos, a resolução da paz, a cooperação internacional. Isso tudo são princípios que também aproximam os dois países e possibilitam ações conjuntas no cenário das relacões internacionais”, declarou.
Sobre a agenda ambiental e do clima, o diplomata declarou que a Noruega tem relevante participação nos recursos do Fundo da Amazônia para a preservação do bioma.
“Compartilhamos também essas ideias de que os objetivos de desenvolvimento sustentável têm também que estar aliados ao combate à pobreza, à fome e [em prol] da promoção do desenvolvimento. É uma agenda muito importante bilateral que Brasil e Noruega já vêm trabalhando”, disse Rodrigo de Azeredo Santos.
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