Saúde

DF registra 38 mortes por dengue e pico da doença pode acontecer somente em abril

A situação da dengue no Distrito Federal está cada vez mais crítica e o pico da doença continua por vir em abril. Na Rede Pública de Saúde, a procura de quem tem sintomas do vírus cresce cada vez mais. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SESDF) está atenta à taxa de ocupação de leitos, principalmente de Unidade de Terapia Intensiva, e está trabalhando para serem ofertados mais 40 leitos, por meio da rede suplementar.

A pasta possui um grupo de profissionais nas unidades de saúde, que ficam atentos à demanda por internação, que estão prontos para iniciar o giro de leitos sempre que necessário. Atualmente os leitos de unidade de terapia intensiva estão atingindo a capacidade máxima, sendo que os leitos para adultos se encontram com 96,13% de ocupação, o pediátrico está com 88,89%, e o neonatal com 98,80%.

Em menos de dois meses, 2024 já alcançou o título do ano com mais casos de dengue no DF, com 81.408 casos prováveis, conforme o boletim epidemiológico atualizado pela SESDF nesta terça-feira (20). Ao todo, 38 pessoas morreram após pegar o vírus da dengue na capital.

Segundo o infográfico da Secretaria de Saúde, até o dia 20 de fevereiro, foram realizados 167.572 atendimentos de dengue no sistema de saúde, e 98.027 pacientes com a doença foram atendidos.

A doutora Ana Carolina D’Ettorres, médica infectologista, alerta que ao observar as curvas epidemiológicas anteriores, pode ser notado que o ponto mais alto da doença, vai acontecer em torno de março e abril. O que impacta no aumento de casos. – O que significa atingir esse pico da dengue? “E isso significa que vamos ter uma sobrecarga significativa no sistema de saúde, uma vez que a previsão é que os números de casos de 2024 superem os números de 2023”.

Ela explica que quando se fala a respeito de sobrecarga do sistema de saúde, significa que mais pessoas vão acabar procurando assistência médica. “A Dengue precisa de monitoramento, precisa de uma classificação, alguns casos precisam hospitalizar, então a gente prevê que isso vai impactar em outras áreas também, porque uma vez ocupado com os casos de Dengue, a gente deixa de oferecer leitos para outras patologias”, destaca.

Para diminuir os impactos do pico de dengue que está por vir, a médica infectologista Eliana Bicudo afirma que o momento é de correr atrás dos estragos causados pela epidemia de dengue. “A gente tem que continuar com a mesma filosofia de diminuir os criadouros de mosquito. E também de usar os repelentes”.

Eliana Bicudo lembra que é muito importante que os grupos que não vão receber a vacina, usem os repelentes, principalmente os idosos, crianças de até cinco anos e imunossuprimidos que não estão contemplados com as vacinas. “E continuar batendo na tecla das atenções básicas, que consistem em diminuir o lixo e riscos de água parada. Agora estamos correndo atrás do prejuízo”.

Fonte: Jornal de Brasília

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