No primeiro semestre de 2023, pessoas entre 25 e 45 anos, com renda de até R$ 3 mil, foram responsáveis por 65% das solicitações de empréstimos pessoais. O estudo também aponta que mais da metade dos solicitantes (51%) têm carteira assinada, 26% são autônomos e 9% vivem de atuação informal. É o que apontou levantamento realizado pela fintech Simplic, em parceria com a plataforma Klavi.
Ainda segundo o apurado, pagamento de empréstimo está entre um dos gastos recorrentes mais comuns com 30%, seguido por gastos com cartão de crédito (29%), táxi ou aplicativos de transporte (21%), animais de estimação (10%), viagem (9%), e educação (7%).
“Um dos obstáculos para as pessoas nas classes C, D e E é justamente o acúmulo de dívidas, que prejudica o acesso a ofertas de crédito equilibradas, que ajudariam a quitar dívidas mais caras, sejam profissionais autônomos ou com carteira assinada. Mas como um cliente que não consegue honrar o pagamento de suas dívidas não é interessante para nenhuma instituição financeira, o mercado está interessado em levar educação financeira para a população de baixa renda”, afirma Bruno Chan, CEO e cofundador da Klavi.
Por outro lado, estudo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar – FIA Business School) apontou ques resultados da redução da inflação vêm se traduzindo consistentemente na redução da inadimplência (IPCA: 0,23% em agosto de 2023 contra 0,53% em janeiro de 2023). O programa Desenrola Brasil também tem uma contribuição, porém marginal. A taxa de inadimplência projetada pelo instituto deve ficar entre 5,68% e 6,26%, com média estimada 5,97% para outubro de 2023, o que implica uma redução de 0,09 p.p. em relação ao valor real de agosto de 2023 e estabilidade em relação ao valor estimado para setembro de 2023.
Considerando-se a queda de atrasos (recursos livres) observada, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,97%) e o limite inferior (5,68%) do intervalo estimado para o mês de outubro de 2023.
Fonte: Monitor Mercantil
