Fotos no processo comprovam que Padre Kelmon foi ordenado pela igreja ortodoxa

No processo que move na Justiça de São Paulo contra a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil por danos morais, Padre Kelmon Luis anexou fotos que comprovam a sua ordenação no primeiro grau do Diaconato. As imagens mostram Padre Kelmon sendo ordenado por Dom José Faustino, Bispo Mor da instituição. As imagens anexadas ao processo também mostram Padre Kelmon ao ado do arcebispo da Igreja Sirian, Dom Tito Paulo George Hanna.

Além das imagens, também foi anexado ao processo documento encaminhado no dia 14 de setembro do ano passado aos membros da Igreja Sirian Ortodoxa, no qual Dom Tito Paulo Hanna afirmou que Padre Kelmon jamais teria sido membro da igreja em nenhum dos três graus da ordem (diácono, presbítero/padre e bispo), quer no Brasil ou em outro país. Dom Tito diz ainda que Kelmon Luis também não teria sido membro de qualquer outra igreja ortodoxa irmã, que ele teria se auto apresentado como Padre, e que estaria usando irregularmente as insígnias da tradição siríaca ortodoxa.

A defesa do ex-presidenciável Padre Kelmon afirma que o documento assinado por Dom Tito Paulo foi reproduzido por toda imprensa brasileira, o que gerou o boato de que ele não seria padre de fato. A carta foi exposta em toda a imprensa brasileira em plena campanha presidencial, o que fomentou os boatos, e, afirma a defesa, gerou forte prejuízo para a imagem do então candidato Padre Kelmon.

O advogado de Padre Kelmon, Diego Maxwell, afirma que ele teve a sua imagem e a sua dignidade abalada, já que o documento foi veiculado de maneira indevida, levando à falsa ideia de que ele não seria um padre ordenado. No processo, a defesa de Padre Kelmon requer uma indenização de R$ 500 mil por danos morais. Como destaca o advogado Diego Maxwell, o documento da Igreja Sirian faltou com a verdade ao afirmar que Kelmon Luis sequer poderia ser chamado de padre, fomentando boatos sobre sua condição religiosa que acabou por ferir a sua imagem em plena campanha eleitoral.

“Embora o direito à liberdade de expressão seja um dos pilares fundamentais da democracia, não se pode divulgar informações que coloquem em risco a segurança nacional, a privacidade das pessoas ou a integridade física ou psicológica de terceiros. A imprensa atacou o Padre Kelmon de diversas maneiras a partir da carta. Órgãos de imprensa disseram que ele foi expulso da igreja ortodoxa peruana, o que é uma mentira. Ele pediu para sair”, afirmou o advogado.

Diego Maxwell disse ao site Infoflash considerar estranho que o vazamento na imprensa do processo movido por Padre Kelmon contra a Igreja Sirian tenha acontecido justamente na semana em que o líder da instituição visita o Brasil. “Coincidentemente a imprensa falou sobre o processo neste momento em que o chefe da Igreja Sirian está no Brasil. De qualquer forma, a igreja terá que explicar porque afirmaram que ele jamais tinha sido membro da instituição, quando temos fotos e provas de que ele foi ordenado em um dos graus do Diaconato”, afirmou o advogado do Padre Kelmon.

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