O grupo extremista Hamas anunciou que vai executar um refém por cada ataque israelita que vitime civis na Faixa de Gaza. Ao que tudo indica, os serviços de emergência de Israel descobriram mais de uma centena de corpos numa pequena comunidade agrícola, no que poderá vir a se transformar em uma gigantesca execução em massa perpetrada pelo Hamas.
A situação nesta segunda-feira (09/10) incluiu bombardeios contra edifícios alegadamente ligados ao Hamas e um cerco implacável a toda a Faixa de Gaza, privada agora de eletricidade, água, alimentos e combustíveis. Também foram registrados combates em Israel.
Os civis são as vítimas diretas de uma nova saga de conflitos cujo número provisório de mortos continua a aumentar: mais de 900 israelitas, a esmagadora maioria população civil, e cerca de 600 palestinos. Há milhares de feridos e mais de uma centena de cidadãos e soldados israelitas foram feitos reféns.
Os foguetes do Hamas ainda continuam a espalhar o pânico nas cidades de Israel. O grupo extremista já disparou mais de quatro mil foguetes, sobrecarregando as defesas israelenses e perfurando a conhecida cúpula de ferro.
Na fronteira norte, com o Líbano, as milícias do Hezbollah também têm lançado foguetes contra o território israelita. O Tsahal declara ter vitimado cinco homens armados que tentaram entrar em Israel. O grupo Jihad Islâmica Palestiniana reivindicou as incursões a partir do Líbano, afirmando ter ferido sete soldados israelenses.
Israel bombardeia alvos em Gaza
De sua parte, o exército de Israel bombardeou mais de 500 alvos na Faixa de Gaza, durante a noite. A ofensiva militar foi levada a cabo após o governo israelense ter declarado formalmente guerra ao Hamas.
As autoridades recuperaram 260 corpos de um local onde decorria um festival de música maioritariamente frequentado por jovens que celebravam o feriado judaico de Sucot.
O presidente israelense Benjamin Netanyahu promete não poupar o grupo extremista pelo ataque. Neste domingo o governo de Israel acionou o estado de emergência para armamento de civis. Telaviv afirma ter matado várias centenas dos combatentes que invadiram o país desde o início da incursão, e vários estariam detidos.
Um reforço a Israel pode vir a chegar também dos Estados Unidos. A garantia foi já dada pelo presidente Joe Biden, com Washington se comprometendo a enviar toda a ajuda necessária para Israel.
Fronteira sob fogo
Mais de 48 horas após o grupo militante palestino ter lançado um ataque surpresa, um porta-voz da Defesa israelita diz ainda estarem decorrendo combates no terreno no sul de Israel. Os militares admitem que os combatentes do Hamas ainda conseguem penetrar no país a partir de Gaza.
De acordo com as Nações Unidas, o conflito já levou mais de 123 mil pessoas a se deslocarem de Gaza.
