A ambientalista brasileira Lélia Wanick Salgado foi eleita uma das três personalidades inspiradoras do mundo pelo Prêmio Gulbenkian para a Humanidade de 2023. Lélia foi escolhida por um júri internacional liderado pela ex-chanceler da Alemanha Angela Merkel. O Prêmio Gulbenkian para a Humanidade distribui a premiação total de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,3 milhões),
O júri contou também com a participação da Secretária de Estado e Representante Especial para Política Climática Internacional da Alemanha, Jennifer Morgan. Além de Lélia, receberam o Prêmio Bandi “Apai Janggut”, líder comunitário (Indonésia) e Cécile Bibiane Ndjebet, ativista e agrônoma (Camarões).
Os vencedores foram escolhidos dentre uma lista com 143 nomeados, oriundos de 55 países, por sua liderança e trabalho incansável, ao longo de décadas, no restauro de ecossistemas vitais e na proteção de territórios em conjunto com as comunidades locais.
Lélia Salgado é co-fundadora, ao lado do marido, o fotógrafo Sebastião Salgado, do Instituto Terra. Criada em 1998, a organização se dedica à restauração da Mata Atlântica e ao desenvolvimento rural sustentável do Vale do Rio Doce – área que abrange municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Desde então, o Instituto Terra já foi responsável pela plantação de mais de 2,7 milhões de árvores e pela recuperação de cerca de 700 hectares de terra degradada. Em colaboração com pequenos fazendeiros da região, também vem ajudando a recuperar perto de 2 mil nascentes do Rio Doce.
“Esse prêmio foi dado ao Instituto Terra para que possamos continuar expandindo a sua missão de reflorestamento, produção de mudas nativas, recuperação de nascentes e educação ambiental. O Instituto Terra é um exemplo do que é possível – ele prova que transformar terra árida em uma floresta exuberante, recuperando a natureza e melhorando a vida das pessoas, não precisa ser um sonho distante”, garantiu Lélia.
